Em 2 de agosto de 1989, falecia, no hospital Santa Joana, no
Recife, vítima de uma parada cardiorrespiratória, Luiz Gonzaga, o “Rei do
Baião”. Cantor e compositor considerado um dos artistas mais criativos e
importantes da música popular brasileira, o completo Luiz Gonzaga é também
considerado um ícone da música nordestina. A canção “Asa Branca”, considerado o
seu maior sucesso, composta por Humberto Teixeira em 1947, transformou-se no
Hino do Nordeste. Luiz Gonzaga popularizou a nossa música por todo o Brasil
quando levou ao conhecimento do sul maravilha os nossos: xote, xaxado, baião e
forró
Luiz Gonzaga, muito jovem, por conta de um namoro proibido,
fugiu de casa, na cidade pernambucana de Exu, onde nasceu em 12 de dezembro de
1912 e foi morar na cidade do Crato no Ceará. Dali, partiu para a capital
cearense, Fortaleza, onde serviu ao Exército por longos 10 anos. Em 1939, sem
se apartar do pensamento de ser sanfoneiro, deu baixa no Exército e partiu para
o Rio de Janeiro. Ali chegando, foi presenteado com um acordeom novinho em
folha e começou a executar o instrumento, o que aprendeu com muita rapidez e
passou a tocar e a cantar nas feiras, nos mercados e nos cabarés da Lapa Cariocas.
Já em 1940, apresentou-se no programa de rádio “Calouros em
Desfile” do compositor e radialista Ary Barroso e tirou em primeiro lugar com a
música “Vira e mexe”. Em 1941 gravou seu primeiro disco e passou a se
apresentar nas rádio do Rio de Janeiro. A partir de 1943 tornou-se sócio do
compositor cearense Humberto Teixeira. Em 1947 conheceu o pernambucano Zé
Dantas que substituiu Teixeira na parceria para a composição de suas músicas.
No meio de tudo isso está Princesa presente quando foi
contemplada por duas músicas gravadas por Luiz Gonzaga: “Paraíba Mulher Macho”
e “Xanduzinha”. A primeira, faz clara referência à Guerra de Princesa quando,
na composição de Humberto Teixeira, em 1946, um trecho dessa música, diz: Êta Pau Pereira, quem em Princesa já
roncou...”. A segunda música, “Xanduzinha”, também da lavra do mesmo
compositor, em 1950, faz referência ao amor do antológico caboclo Marcolino por
Xanduzinha, ambos de Patos de Irerê de Princesa. O legado musical de Luiz
Gonzaga é imensurável.
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