ODE

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Inconsoláveis com a derrota do “mito”, seus seguidores ainda choram

Antes, diziam que a eleição foi fraudada. Agora, com a certeza de que as urnas eletrônicas são confiáveis e invioláveis, as “viúvas” de Bolsonaro, estão pondo a culpa da derrota do “mito” em nós, os nordestinos e analfabetos. Numa postagem montada, atendendo ao propósito de fazer crer que somos a escória da Nação os bolsonímions estão mostrando o mapa do Brasil e assinalando que, onde estão os menores índices de alfabetização é nos Estados do Nordeste, justamente onde Lula teve maioria dos votos. Ou seja, para eles, nós somos os culpados de havermos derrotado Jair Bolsonaro. Láurea maior não nos poderia ser imputada!

Não bastasse esse exercício preconceituoso, a iniciativa dessa brincadeira de mau gosto parte também de nordestinos num claro acatamento do que dizia o “mito” durante a campanha eleitoral, quando falava: ”Nordestino é pra comer capim” e quando nos chamava de “jumentos”. Nada pode nos lisonjear mais do que sermos considerados de segunda classe por alguém tão desclassificado. A aventura bolsonarista foi uma praga que ocorre de mil em mil anos no mundo e aconteceu no Brasil. Graças à “ignorância” dos brasileiros mais simples, essa praga está riscada do mapa.

É perfeitamente aceitável que alguns não gostem de Lula, que abominem as ideias de esquerda, que sejam conservadores nos costumes. No entanto, fazer apologia da hipocrisia quando corroboram o uso do nome de Deus em vão, quando louvam golpistas, quando esquecem o negacionismo que matou mais de 700 mil brasileiros; ou até mesmo agora, quando as investigações apontam para o desfecho do desbatamento de crimes cometidos por uma família de fraudadores de cartões de vacinação, de ladrões de joias e de conspiradores contra a democracia. Isso é demais!

Sob a égide de governantes legitimamente eleitos – inclusive pelos ignaros nordestinos – o Brasil caminha impávido e vigilante para que acidentes de percurso daquela natureza não ocorram mais. De sorte que os que pensam em consonância com os mandamentos do “mito” representam uma ínfima parte da nossa sociedade. É certo que a grande maioria do povo brasileiro não é afeita a ideologias extremistas – nem de direita nem de esquerda – e nós, nordestinos, podemos até não sabermos ler, mas provamos que sabemos votar. Defensor de ditadura, nunca mais!



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