Causou a maior repercussão negativa o ocorrido numa sessão da
Câmara Municipal da cidade de Picuí/PB. Foi na última segunda-feira (4), quando
um dos vereadores com assento naquela Casa de Leis subiu à tribuna, tomou o
microfone e propôs a realização de um concurso para que fosse escolhido o
vereador maior “chupão de picolé” da cidade. Em face do efeito negativo causado
na imprensa e nas redes sociais, os vereadores de Picuí recuaram e recusaram a
aprovação dessa inusitada e ridícula propositura. Mas, esse episódio, nos
deixou, a todos, com a obrigação de fazermos uma reflexão quanto à serventia
dessa representatividade, às vezes inócua e por demais onerosa.
Pelo menos para uma coisa serviu essa ridicularia. O fato despertou,
na sociedade, o carecer de que ponderemos quanto ao comportamento daqueles que
são escolhidos para nos representar. Aqui em Princesa, já vimos vereador
propondo a instalação de um isqueiródromo em praça pública; casa de taipa virando
patrimônio histórico; lei determinando a escolha da melhor pizza da cidade,
dentre outras aberrações. Parece até que nem eles mesmos sabem para que foram
eleitos ou, para que servem. Em tempos recentes, na avaliação de um
vice-prefeito, ficou dito que eles [os vereadores] servem para bater palminhas
para o prefeito.
O que causa espécie no comportamento dos vereadores de Picuí,
e nos remete ao que ocorre na maioria das Câmaras Municipais Brasil afora, é o
despreparo daqueles que são eleitos para o fazimento de leis e, principalmente,
para fiscalizar a aplicação delas e a dos dinheiros públicos, quando se
desviam, em seus comportamentos simplórios, expondo, a nós todos, ao ridículo
de sermos representados por eles. O concurso que deveria ser realizado, na
maioria das Câmaras de Vereadores, deveria ser um certame para aferir qual é o
vereador maior “baba-ovo” do prefeito de plantão. Será que é para isso que
servem os vereadores?
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