Compete a nós mesmos mudar o rumo das coisas. Muitas vezes, é
necessário que façamos uma reflexão para uma consequente inflexão que nos possa
colocar no rumo certo. Quando estamos, devemos observar onde e como estamos. Às
vezes, o poder, que nos concede conforto e possibilidades várias - inclusive a
de mudar a vida de pessoas - nos sobe à cabeça e faz de nós seu refém. Alguns
perdem essa oportunidade; principalmente aqueles que nunca desfrutaram do poder
de mando e, embriagados dele, ficam desvairados. O poder nos impõe cuidados.
Nesses casos, fica patente aquele velho adágio: “Os que nunca
comeram mel, quando comem, se lambuzam”. Estar no topo da glória não significa
que detenhamos esse privilégio para sempre. O poder adquirido através da
política, se é sedutor, é o mais efêmero deles, é circunstancial, passageiro.
Quem dele não souber fazer bom uso, põe os pés pelas mãos e dá com os burros
n’água. Os desavisados, por óbvio, os que nunca foram nada, são mais
suscetíveis a adentrarem na seara da vaidade.
Na política, o poder deve ser compartilhado porque emana do
povo. Nessa atividade, os poderosos tem telhados de vidro, passíveis de serem
atingidos por pedras. Nessa mister, os chefes são como espelhos em que os
simples mortais esperam neles serem refletidos. Os verdadeiros líderes não
podem perder o equilíbrio emocional, não podem apresentar comportamento vulgar,
enfim, não podem perder a postura em detrimento da liturgia do cargo, tampouco
esquecer que os que hoje o bajulam ou aguentam seus gritos, têm pedras
guardadas nos bolsos para serem arremessadas contra eles mais tarde. Quem bebe
do poder, tem ressaca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário