Há pouco mais de cem anos acontecia a nona eleição para a escolha do presidente da República do Brasil. Foi em 13 de abril de 1919 e o escolhido foi o paraibano Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa. Foi uma eleição atípica, senão vejamos: Epitácio Pessoa foi escolhido candidato, à sua revelia, quando foi abençoado por uma convenção em que não estava presente.
Sua eleição ocorreu quando ele estava ainda em Paris participando de uma reunião de cúpula dos países vencedores da | Guerra Mundial, portanto, não votou em si próprio não fez um comício sequer, enfim, não participou de sua própria campanha eleitoral e só chegou ao Brasil em julho daquele ano para tomar posse no cargo de presidente da República.
Epitácio Pessoa, candidato pelo PRM - Partido Republicano Mineiro, teve como concorrente o senador baiano Ruy Barbosa que disputou pelo PRP - Partido Republicano Paulista. O presidente eleito obteve 70,96% dos votos válidos e governou o Brasil durante o período de 28 de julho de 1919 até 15 de novembro de 1922.
No seu governo, muitas obras foram realizadas no Nordeste brasileiro; quase todas essas obras com o fito de combater as secas. Na qualidade de amigo do coronel Zé Pereira, o presidente Epitácio designou vernas federais do IFOCS - Instituto Federal de Obras Contra as Secas para a construção de dois açudes no município de Princesa: 0 Macapá (Açude Novo) e o Cedro.
Epitácio Pessoa foi o único brasileiro a presidir os três poderes constitucionais brasileiros. Além de presidente da República, presidiu também o Congresso Nacional e o STF - Supremo Tribunal Federal. Esse registro histórico se faz necessário para que conheçamos esse fato atípico da política nacional que alçou aos mais altos cargos da República, um paraibano.
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