Desde ontem (19) estou profundamente perturbado com a
banalidade da vida e a violência da morte. É tênue o limiar entre a vida e a
morte. É uma fronteira que, algumas vezes, se ultrapassa de forma a mais
simplória. Foi o que ocorreu com o amigo João de Joca que, num átimo, passou da
vida para a eternidade (?). Sinal algum deu crédito a esse passamento daquele
ainda jovem homem aparentemente em pleno gozo de perfeita saúde.
O que mais me deixou impressionado foi a banalidade da morte
de João. Na quinta-feira (18) eu, alguns amigos e ele, passamos o dia jogando
buraco. Em nenhum momento João deu mostras de estar doente ou incomodado com
alguma coisa. Até um intervalo fez para, em casa, almoçar e retornou dizendo
que havia satisfeito sua fome que agora era maior porque havia parado de beber
há seis dias atrás.
Finda a jornada de jogatina, João, após conversa rápida em
que se demonstrou alegre e sorridente foi para casa tranquilo sem pensar que
dali a poucas horas estaria morto. Não sei para os demais que privaram de sua
companhia naquele dia, mas para mim, é algo inexplicável quando avaliamos a
efemeridade da vida e seu apagar de forma tão fugaz. E pensar que, no mais das
vezes usamos nossos dias para cultuar bobagens...
Esse fato está sendo para mim por demais pedagógico. Me chama
o feito à ordem para entender que tudo o que valorizamos no campo material é
simplesmente fútil. Quando uma vida se esvai de forma tão rápida e
incompreensível, como podemos valorizar coisas materiais que valor nenhum têm?
Resta-nos a lição de que nada somos, nada temos, nada podemos porque, o relógio
da vida, é cruel m sua imprevisibilidade.
Como somos teimosos, correndo atrás do ter, para quê??Basta sermos pessoas do bem, garantirmos a sobrevivência e ponto final!! Ahhh mas a vaidade do ter estraga tudo.
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