Calado até bem pouco tempo, o vereador Irismar Mangueira (PSB), se pronunciou, em entrevista concedida no último final de semana, ocasião em que, claramente, se demonstrou escalado para defender o chefe. Perguntado sobre a sucessão municipal, respondeu que a decisão sobre a escolha do candidato do grupo de situação, cabe, única e exclusivamente, ao prefeito Ricardo Pereira do Nascimento.
Num atestado tácito de que lá não há diálogo, tampouco consulta popular, o vereador afirmou que quem decide é o prefeito e pronto. Ai dele se dissesse o contrário. Nas hostes do alcaide, o trunfo é paus. Ali, ninguém ousa contestar o comandante. Nem os indicadores das pesquisas de intenções de voto os demovem dessa subserviência. Aliás, dou razão aos pobres áulicos porque, assim agem, para não levar gritos. Além da máscara, a mordaça.
Na mesma entrevista, o vereador Irismar enfatizou que Nascimento é a maior liderança da história de Princesa porque derrotou seus adversários. Ora, na história política de Princesa, derrotas e vitórias nas urnas fazem parte do jogo desde que o mundo é mundo: eu mesmo derrotei Nascimento em 2012. No meu pensar, liderança consolidada é aquela que, além de se mostrar inconteste, é abraçada pelo povo na rua. Quem atesta liderança é o mérito do teste consecutivo das urnas.
Quanto às contas aprovadas do alcaide, o vereador sabe muito bem da maquilagem que promove isso. Lamentável que Mangueira não tenha falado dos salários atrasados; dos cheques endossados para a concessão de feiras, botijões de gás e exames de vistas; nem também da busca e apreensão da Polícia Federal. Ah! la-me esquecendo: e a mágica da prosperidade financeira de Nascimento e dos que vivem no seu entorno? Existem vários tipos de líderes, inclusive de quadrilhas.
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