Para os egípcios antigos, o Banho era uma forma de purificar o espírito. Na Grécia de antanho, tomar banho era um ritual que precedia a realização dos festins. Na Europa da Idade Média - quando tudo obedecia aos ditames da Santa Madre Igreja de Roma - tomar banho era pecado. O Papa Gregório | (590-604 d.C.) expediu uma Bula declarando que, "o contato com o corpo, era uma prática pecaminosa". Temendo o fogo do inferno, as pessoas passaram a tomar o chamado "banho de gato": se higienizavam com um pano úmido. Até recentemente, nos Seminários católicos, o banho quente era proibido porque, segundo os padres, estimulava a sensualidade.
No Oriente, livres da influência da Igreja Católica, os banhos eram práticas regulares, o que começou a influenciar os da Europa do Leste. Porém, no século XVI, os médicos europeus, numa recomendação equivocada, diziam que, os banhos, provocavam um alargamento dos poros da pele tornando as pessoas mais suscetíveis às doenças. Nesse tempo, as pessoas chegavam a confundir, as cascas das feridas, com as cascas do grude. Um século depois, esse pensamento foi abolido, porém, mesmo assim, a resistência ao banho continuou. No Velho Mundo, nessa época, os banhos, ocorriam apenas aos sábados, dia em que trocavam as roupas intimas.
Somente depois da Il Guerra Mundial, a prática dos banhos regulares se tornou uma rotina. Mesmo assim, ainda hoje, na Europa - principalmente na França - tomar banho não é visto com muita simpatia, nem se constitui um prazer. No Brasil, foram os índios que deram o tom. Além de viverem mergulhados nas águas dos rios e do mar, os indígenas primavam pela higiene corporal: cortavam os cabelos, se depilavam constantemente e se lavavam sempre. Já os portugueses que aqui aportaram a partir de 1.500, tomavam, no máximo, dois banhos por ano. Conheço muita gente que gostaria de ter vivido nesse tempo.
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