Sábia foi a posição do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná quando rejeitou, por 5 x 2 a proposta de cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil). Nessa cruzada de vingança política por que passa o Brasil desde 2018, o que tem provocado todo tipo de injustiças contra políticos por políticos, resultado da acirrada polarização entre direita versus esquerda, ceifam mandatos, prendem injustamente, enfim, tudo vale, desde que atenda aos interesses setoriais e imediatos dos que estão no poder.
Cassar Sergio Moro por motivo de gastos em pré-campanha eleitoral, além de se constituir um golpe, abriria brechas para que fossem também cassados outros políticos, a exemplo de André Janones (Avante); Eduardo Leite (PSDB) e Luciano Bivar (União Brasil). Todos esses três foram também pré-candidatos a presidente da República e, depois de algum tempo em pré-campanha, desistiram e concorreram a outros cargos.
Por que somente Sergio Moro foi julgado? Além de se tratar de dois pesos e duas medidas, há também uma cegueira da Justiça quando deveria julgar Moro pelas falcatruas que cometeu quando comandou a Lava-jato. Aí sim, o senador prevaricou quando agiu de forma tendenciosa, com o intuito em prejudicar políticos de esquerda e pensando em auferir dividendos políticos para si. A parcialidade de Sergio Moro, o juiz, deveria ser investigada e punida. Já o mandato de senador que lhe foi concedido por quase 2 milhões de paranaenses, não! Mandato é sagrado, pertence ao povo.
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