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segunda-feira, 13 de maio de 2024

13 de Maio: Aniversário da "Lei Áurea", uma efeméride esquecida

Não somente a Lei Áurea, que em 13 de maio de 1888, libertou os escravos no Brasil, mas também, muitas outras efemérides nacionais, caíram no esquecimento. Mais notadamente a data da Abolição da Escravatura e a do Descobrimento do Brasil (22/04/1500). Antigamente, nas escolas, nós aprendíamos a História do Brasil quando nos ensinavam sobre a nossa origem como Nação e sobre os feitos que proporcionaram a construção do Brasil de Hoje. Lamentavelmente, tudo isso passou a ser esquecido, banalizado, enquanto, a maioria dos nossos jovens, nada sabe sobre as principais datas nacionais, principalmente, sobre a Escravidão, sem dúvida, uma tragédia humanitária de proporção gigantesca.

A Escravidão, no Brasil, foi uma das mais violentas e duradouras do mundo. Fomos nós, o último país das Américas a aboli-la! Entre o ano de 1500 e 1867, atravessaram o Atlântico, vindos do continente africano, exatos 12.521.337 seres humanos, negros, para serem escravizados pelos conquistadores europeus. Desses, 10.702.657 chegaram vivos à costa brasileira, enquanto 1.818.680 morreram durante a travessia e foram jogados ao mar para alimentar tubarões. Aqui chegados, eram tratados como animais quando, além de agrilhoados, eram ferrados, como se fossem gado, com as iniciais de seus novos "donos".

Pior do que o Holocausto judeu, foi a escravidão no chamado "Novo Mundo". Naquela tragédia, ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial, pereceram, nos campos de concentração nazistas, mais de 6 milhões de seres humanos judeus. Durante os mais de três séculos de escravidão nas Américas, morreram mais do que o triplo de seres humanos escravizados, sem falar que, os escravizados, tinham uma média de apenas 35 anos de vida e trabalhavam de sol-a-sol sem direito a nada! Não pode ser esquecida, essa data; faz-se necessário que a Abolição da Escravatura, que hoje completa 136 anos, seja reabilitada perante as novas gerações e que, a história, seja contada com isenção, afinal, diz um ditado africano: "Até o leão aprender a escrever, a história exaltará a versão do caçador".



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