Confabulando ontem - sobre política princesense - com uma amiga portadora de inteligência acima da média, fiquei estimulado, pelas suas conjecturas, a analisar os conceitos de Fidelidade e Lealdade. Segundo ela, na iminência da tomada de decisões importantes, as pessoas se fazem estimular por sentimentos vários. Alguns desses sentimentos podem até ser escusos. Outros, porém, são pautados pela ética e pelo bom caratismo, coisa difícil de definir quando o tema é a política partidária, atividade que é pautada, principalmente, por interesses particulares e nem sempre nobres.
Mas ela me deu uma aula quando disse: "Praticar a fidelidade é muito fácil, já a lealdade..." E fiquei a matutar sobre isso, tirando daí impressões que me estimularam a escrever este artigo. Na verdade, a fidelidade é um sentimento escravo, subserviente e, as vezes, quase obrigatório porque praticada para atender a convenções sociais ou a conveniências particulares. Já a lealdade, não! Esta, é praticada como um exercício de caráter, intrínseca à personalidade e à decência de cada um. A "lealdade" é ou não é!
Daí porque, na iminência da tomada de decisões importantes e que se definem como divisoras d'águas, as pessoas que, verdadeiramente prezam pela ética, se guiam pelo segundo e mais nobre sentimento: a lealdade. E ser leal, nem sempre é exigido em comportamentos com relação a outras pessoas, mas, com nós mesmos, com as nossas convicções. A "fidelidade" pode ser canina somente quando se refere ao animal que lhes dá o nome. A "lealdade", no entanto, quando exercida de verdade, extrapola em mostrar a verdade quanto ao caráter das pessoas.
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