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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Eleição é uma caixinha de surpresas

 

Nem sempre as eleições têm o resultado esperado, seja pelo que dizem as pesquisas ou pelo favoritismo aparentemente apresentado por este ou aquele candidato. Antigamente, no tempo do voto escrito, no mais das vezes, a fraude era quem definia os pleitos. Hoje, com o voto eletrônico, essa prática desapareceu. Em toda eleição há uma guerra de pesquisas quando todos os partidos apresentam números sempre favoráveis a eles; até porque, manipular pesquisa é fácil - até aquelas devidamente registradas nos tribunais eleitorais -, basta mandar recolher informações em setores em que os candidatos têm maior densidade eleitoral em detrimento dos locais onde seus desempenhos são fracos.

Pesquisas eleitorais, além de não influenciarem os eleitores (dizem os cientistas políticos) nem sempre indicam a verdade que é colhida das urnas. Em 1985, a paraibana Luiza Erundina, candidata a prefeita de São Paulo, figurava no terceiro lugar nas últimas pesquisas e ganhou a eleição. Mais recentemente, na vizinha cidade de Água Branca, o então prefeito Tarcísio Firmino era o favorito nas pesquisas. Abertas as urnas, quem venceu foi seu adversário, Everton Firmino. Pablo Marçal, que concorre, neste ano, à prefeitura de São Paulo por um pequeno partido (PRTB), não tem direito sequer ao horário eleitoral gratuito, no entanto, está liderando com larga margem nas pesquisas eleitorais.

Para que a eleição de qualquer candidato tenha sucesso, são necessários vários fatores que incluem, trabalho, comunicação, carisma, dinheiro e, principalmente, empatia com o eleitorado. Nem sempre é possível a transferência de votos de uma liderança para um outro candidato como aconteceu nas eleições presidenciais de 1989 quando Leonel Brizola transferiu todos os votos que havia tido no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul para Lula. As vezes, as pesquisas indicam algum favoritismo, mas a urna diz outra coisa porque, na solidão da cabine eleitoral, o eleitor só vota de acordo com sua vontade. Durante a campanha, o eleitor pode até ser obrigado a aplaudir determinado candidato, mas votar, só o faz em consonância com sua vontade.



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