Imitar sons é algo corriqueiro na vida das pessoas e, muitas vezes, mesmo feito de forma jocosa, isso torna-se divertido. No último domingo (8), um eleitor desavisado, ao ser abordado, de forma civilizada, pelo candidato a prefeito Ednaldo Melo, vulgo "Garrancho", fez um "miau" em deboche de uma situação que vem incomodando, por demais, aquele candidato, o que resultou num quiproquó que terminou levando os dois às barras da Polícia Civil. Algo desnecessário de ambas as partes. Errou o eleitor em desmerecer o candidato e, errou também o candidato ao agredir o eleitor. Esse fato repercutiu em todo o Estado quando já se fala até em requisitar tropas federais para Princesa.
Desde priscas eras, é comum, nas campanha eleitorais em Princesa, fazerem "zona" com os candidatos apelidando-os ou comparando-os com animais. Já na primeira campanha eleitoral de "seu" Mano, em 1947, botaram nele, o apelido de "goiaba branca". Em 1963, Gonzaga Bento ficou conhecido como o "boião". Em 1976, Novo Bezerra que era o candidato a vice-prefeito na chapa de João Pacote, foi alcunhado de "gavião pelado". Em 1988, Assis Maria, que concorria pelo PFL com o número 25 era chamado de "vaca". Em 2000, o candidato a prefeito, doutor Sidney, passou a ser chamado de "calango" pelos adversários e, doutor Alan Moura, em 2020, chamavam-no de "peba".
Esses apelidos em nada desmereceram os candidatos, até porque se referiam apenas a situações quanto à compleição física dos concorrentes e, nenhum deles - embora não gostassem das alcunhas - tiraram de letra sem agredir ninguém por esse motivo. Agora, no entanto, a coisa tem uma conotação diferente por um fato mal explicado. Quando Garrancho se vê confrontado com o "gato", se exaspera porque não conseguiu dar uma explicação plausível à situação revelada por um suposto furto de energia elétrica. Pessoas públicas não podem nem devem deixar as explicações pela metade sob pena de, o pulo do gato, se tornar um miado incômodo.
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