Balas perdidas que matam cidadãos comuns no Rio de Janeiro não são mais uma novidade, tampouco algo que cause espanto, mas uma praxe, uma coisa corriqueira. Ontem (24) porém, a coisa se exacerbou: numa operação da Polícia Militar contra traficantes e milicianos na comunidade "Complexo de Israel", três pessoas foram mortas com tiros na cabeça.
A operação, malfeita e mal organizada, ocorrida na principal via expressa da cidade (Avenida Brasil) em horário de pico de trânsito, fez dos trabalhadores e estudantes que se deslocavam para sua lida, sanduíches entre bandidos e policiais. Interessante assinalar, que na operação, não foi vitimado nenhum militar e nenhum bandido. Só o povo trabalhador foi vítima desse verdadeiro estado de guerra.
Em pronunciamento público, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro afirmou que a operação foi normal, feita com inteligência e que, o problema, foi que "a reação dos traficantes foi desproporcional". Tentando tirar o seu da reta, Castro, para encobrir o desastre que foi aquela operação, tentou pôr a culpa no Governo Federal. Enquanto isso, traficantes desfilam pelas ruas exibindo armas pesadas e inocentes continuam morrendo com tiros na cabeça.
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