Finda a eleição, apurados os votos, proclamam-se os
vencedores. Aos derrotados resta lamentar e se conformar com o veredicto das
urnas. Aos vencedores, comemorar com o cuidado para que o poder não suba demais
à cabeça e pensem que são os donos da vontade popular. Eleição não é só um
momento e deve ser vista e analisada como um filme. Aliás, o filme que passa
agora em Princesa é uma reprise de fitas que aqui já foram rodadas no passado.
Engana-se quem aposta na eterna fidelidade do povo. A
política é como uma roleta e, em Princesa, isso tem acontecido com frequência.
Vamos à linha do tempo: quem não lembra do poder absoluto de Aloysio
Pereira/Gonzaga Bento/Assis Maria quando reinaram na prefeitura por longos 18
anos e que, de repente, esse reinado foi surrupiado pelas urnas em 2000? Quem
não lembra da era de poder absoluto do doutor Sidney que, de supetão, foi
destruída por uma cassação injusta? E por aí vai.
Agora, com a eleição de Garrancho, o que dá lugar à
continuidade de uma gestão profícua em obras, mas também em desmandos
administrativos e denúncias de corrupção, sob nova direção, terá a obrigação de
tomar um rumo diferente, mantendo o que tem de bom e descartando o podre. É
claro que este blog é essencialmente político e tem tido o condão de se fazer o
único bastião de oposição ao grupo político que governa Princesa há oito anos,
mas dará uma trégua para que o novo gestor diga a que veio.
Como está escrito acima, queiramos ou não, Garrancho será o
novo prefeito. O resultado das urnas deve ser respeitado e o poder deve ser
exercido pelos que o povo escolheu de forma independente, pois, cada um tem seu
estilo próprio. Exemplos de criadores derrotados por criaturas são vários em
nossa região. Espera-se que a criatura de Princesa esteja pronta para
implementar sua vontade administrativa no novo governo que começa em 1º de
janeiro próximo e não seguir à risca as imposições do criador.
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