Na última sexta-feira (19), o Brasil assistiu, ao vivo, a leitura da sentença que condenou os assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O primeiro (Ronnie Lessa) foi condenado a 78 anos de prisão e, o segundo (Élcio Queiroz), a 59 anos de reclusão. Mesmo passados 6 anos, 7 meses e 17 dias da ocorrência do crime, a justiça foi feita. Problema resolvido? Não!
Não, porque esse crime, que teve repercussão internacional, só chegou a julgamento por conta dessa repercussão. Não fora a mobilização da imprensa e o empenho do governo Lula, nada teria sido resolvido e esse crime, igual a vários outros, estaria nas gavetas do arquivamento. Não bastasse isso, a farsa se completa quando sabemos que, os dois assassinos, não ficarão na cadeia por mais de 18 e 12 anos respectivamente.
Isso mesmo, pois, uma Justiça que sabe que no Brasil a pena máxima só pode ser aplicada até 30 anos de prisão, condena seus réus a vários anos somente para ganhar aplausos na mídia. Exemplo disso são as condenações do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que pegou mais de 200 anos de prisão e, hoje, está recluso num apartamento de luxo na avenida Atlântica na capital fluminense. A Justiça no Brasil, no mais das vezes, é para inglês ver.
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