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terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

O novo presidente da Câmara Federal tentando agradar a todos, dá uma no prego, outra na ferradura

Na saia justa que lhe obrigaram vestir para conseguir os vários apoios necessários à sua eleição, o deputado paraibano, agora presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), em entrevista concedida no último final de semana, deu a entender que poderá pautar projeto que concederá anistia aos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Essa declaração polêmica vem causando vários comentários desabonadores pela imprensa profissional.

O problema é que, quando de sua posse na presidência da Câmara Federal, Hugo, defendeu a democracia e disse que veio para tentar unir o Brasil. Essa declaração agradou os que estão mais à esquerda no espectro político, mas desagradou aos mais conservadores, daí a declaração sobre a anistia aos golpistas. A emenda saiu pior do que o soneto, mas teve o condão de alertar Motta sobre a importância que têm, agora, as palavras que saem de sua boca.

É certo que Hugo Motta é um parlamentar habilidoso e que tem trânsito nos vários segmentos políticos da Câmara Federal, e certo também que ele não acha que, aqueles que participaram do quebra-quebra na Praça dos Três Poderes, intencionavam dar um golpe de Estado. O que se pensa sobre isso é que, no mínimo, o novo presidente quer provocar uma diminuição na dosimetria adotada pela STF quanto à punição dos condenados, que ele considera "buchas de canhão".



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