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terça-feira, 25 de novembro de 2025

Clã Bolsonaro bota água na fervura da direita

 

Quando não é queda, é coice. Se os membros da família Bolsonaro ficassem calados e não se movimentassem em sentido algum, talvez, as coisas, para a direita, se fizessem mais favoráveis. Primeiro, o próprio Jair Bolsonaro, quando no poder, perdeu a reeleição porque agiu sempre como um tonto e morreu como peixe: pela boca. Derrotado, ao invés de recolher-se e chorar a perda da eleição, recompor-se e se preparar para a próxima, fez o contrário: alegou que houve fraude e tentou permanecer no poder sob a égide de um golpe de Estado que deu n'água e, agora, condenado pela Justiça, está na iminência de ir para o xadrez.

Não bastasse as besteiras iniciais do pai, os filhos contribuem também para o desmantelo do projeto bolsonarista, o que vem prejudicando o projeto de todo o grupo que se diz direitista e conservador. Na metade deste ano, um dos filhos - o deputado Eduardo Bolsonaro - foi para os EUA conspirar contra o Brasil quando conseguiu a imposição de sobretaxas às exportações brasileiras, o que durou pouco, pois, quando o presidente americano soube da verdade, reverteu as sanções e o pimpolho ficou a ver navios e, agora, responde a um processo no STF por crime de lesa-pátria.

Para coroar essas maluquices, às vésperas da decretação da prisão de Bolsonaro - o que deveria ser apenas uma confirmação do confinamento do ex-presidente em sua própria residência - ele [Bolsonaro] viola a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda e é transferido para uma cela na carceragem da Polícia Federal em Brasília. Com isso tudo, os próceres da oposição, os governadores que querem ser candidatos à presidência da República, estão todos preocupados com as repercussões dessas doidices o que, certamente, inviabilizará seus projetos políticos. O clã Bolsonaro é mesmo uma bomba chiando.



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