O que nós vimos por todos os recantos do Brasil, nos últimos
dias, foram comemorações promovidas pelos partidários de Lula louvando sua
soltura da cadeia. Justo? Sim, Por que não? A alegria é deles. O problema é
que, enquanto os de Lula comemoravam, os de Bolsonaro xingavam. Essa dicotomia
de posições só prejudica a Nação. E isso se agiganta quando os dois
protagonistas (Lula e Bolsonaro) dessas manifestações se envolvem nisso sem
nenhuma responsabilidade.
Posturas equivocadas
Desde o início do governo Bolsonaro, o que os brasileiros
escutam e veem – quando o presidente se pronuncia -, são palavras, frases e
comportamentos não condizentes com a “liturgia” do cargo de presidente da
República. Mesmo os que nele votaram se constrangem em defendê-lo pelas
besteiras que fala e posições menores que toma. Com isso, os simpatizantes do
ex-presidente Lula ficavam nas nuvens defenestrando Bolsonaro. Agora, com a
libertação do ex-presidente petista, o que vemos é um comportamento exatamente
igual ao do atual presidente: Lula chamando o ministro Moro de canalha e
atirando pra todo lado contra seus adversários, contra Bolsonaro, o STF; o
Ministério Público; a Lava-Jato; etc. Com isso, ficam também agora, os
partidários de Lula, constrangidos com esse comportamento raivoso apresentado
pelo ex-presidente a se perguntarem se é necessário agir assim? Não seria de
melhor alvitre o debate no campo das ideias sem essas agressões chulas? Onde
nós estamos com dirigentes e líderes desse quilate?
Sem jeito
O pior é constatar que temos que aguentar isso porque não
temos outra ferramenta para trabalhar. O Brasil está órfão de lideranças e, o
que se vislumbra para o futuro é um quadro que se configura complicado, pois,
ou continuamos assim, sendo governados por um homem despreparado para tanto, ou
retornamos ao passado recente, agora recheado de raivas, ressentimentos e
desejos de vingança. Estamos no mato sem cachorro. Se ficarmos, o bicho come;
se corrermos, o bicho pega. E o problema maior se afigura quando é saber de
todos que, os que nos governaram, nos governam ou hão de nos governar, foram,
são ou serão por nós escolhidos. Vôte!
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 12 de novembro de 2019).
Permita-se discordar da seguinte passagem: "Essa dicotomia de posições só prejudica a Nação". Ora, o conflito é saudável e necessário. Quem não concorda com Lula ou com o Gozo que tente hastear sua bandeira, que faça por onde.
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