A atitude do presidente Bolsonaro em relação àqueles a quem
devotou ojeriza durante a campanha eleitoral, causa estranheza agora, quando os
abraça sem nenhum escrúpulo. Pouco antes das eleições de 2018, o candidato Jair
Bolsonaro disse: “A China quer comprar o
Brasil”. Ontem, em pronunciamento por ocasião da abertura da 11ª Cúpula dos
BRICS (Bloco de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul), realizada em Brasília, o presidente afirmou: “Cada vez mais a China fará parte do futuro do Brasil”. Grosso modo
isso pode ser considerado normal, pois, campanha é campanha e, governar é outra
coisa. O problema é a falta de coerência. Bolsonaro espicaça os países que têm
comando político inspirado em ideologias de esquerda. Em janeiro último proibiu,
ou melhor, desconvidou os presidentes de Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua
para sua posse enquanto fez convite especial aos presidentes da China e da
Rússia, ambos obedientes à mesma ideologiza dos quatro “coitados” de cima. Mesmo sendo considerado persona non grata Evo Morales, da
Bolívia, compareceu; enquanto os dois grandes (um armado e outro endinheirado)
sequer deram as caras. O complexo de vira-latas não arrefeceu e Bolsonaro,
agora, arrasta a asa para os de olhos apertados [China] com o intuito de sair
do aperto em que se encontra. Pelo menos nisso, vemos alguma vantagem, pois,
desta feita, a besteira do “mito” foi feita de forma inversa e o Brasil, pode
lucrar com isso.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 14 de novembro de 2019).
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