O apego desmedido que o prefeito de Princesa tem ao cargo que
ocupa, causa espanto. Quase todos da cidade estão ao mesmo tempo incomodados, e
de saco cheio com a insistência de Nascimento em mentir acerca da possibilidade
de se candidatar a uma reeleição para prefeito. Somente ele não atinou ainda
para o NÃO rotundo que grande parte da população já sinaliza, em relação à sua
continuidade como chefe do Poder Executivo. A enganação do edil princesense data
ainda da sua campanha eleitoral em 2016 quando afirmava enfaticamente que, em
90 dias botaria as coisas em ordem. Descumpriu a promessa e, ao invés de
consertar o que estava errado, desordenou o que estava certo: fechou Escolas;
fechou Matadouro; fechou Hospital; majorou as taxas de impostos municipais em
mais de 200%; maquila números da Saúde e da Educação para criar estatísticas
fictícias; e, para completar, além de já estar condenado em segunda instância
pelo crime de fraude em licitação e, portanto inelegível, responde a processos
na Justiça, por improbidade administrativa, em cinco irregularidades que
cometeu e que, em alguns casos, continua cometendo.
Estrebuchar é um direito
Como pode um governante, portador de uma bagagem dessas,
postular ser candidato novamente? Aliás, somente ele acredita que poderá ser
candidato de novo, uma vez que, a cada dia que passa, essa possibilidade se
apresenta mais remota para Nascimento. Em julho passado, o prefeito foi
condenado pelo Tribunal de Justiça e ontem, foi dado conhecimento ao público
princesense do julgamento do acórdão que confirmou sua condenação. Mesmo assim,
o prefeito continua dizendo que será candidato. Para tanto, chegou ao cúmulo de
mandar um de seus advogados (o menos conhecido, pois, doutor Odon Bezerra não
se arriscou a passar por ridículo), um tal doutor Francisco Ferreira, ontem,
veicular um áudio em que afirma a possibilidade de sua candidatura, sem nenhum
embasamento jurídico, apenas para dar continuidade a um estrebuchamento
jurídico que não leva a nada, senão à mentira, que é sua praxe.
A mentira como arma
As asneiras proferidas pelo doutor Ferreira, foram rebatidas com
veemência e categoria, em programa radiofônico, pelo doutor Rivaldo Rodrigues,
quando reafirmou que Nascimento está inelegível, dizendo ser a fala do advogado
Ferreira: “(...) uma tentativa de
ludibriar a população e escamotear a verdade num procedimento que chega a ser
criminoso”. E mais: “Informação
mentirosa e falsificação de informações levadas a público, é crime”. Essas assertivas
do doutor Rivaldo foram corroboradas pelo notável causídico princesense, doutor
Wellington Marques Lima, quando assegurou também que o prefeito de Princesa é
detentor da impossibilidade de se candidatar a qualquer cargo público pelos
próximos oito anos. A insistência de Nascimento em mentir, se justifica, pois
tem ele a necessidade de manter “cordeirinhos” todos aqueles com quem tem
compromissos a saldar e, para isso, usa seu solícito advogado para (também no
afã de continuar roendo osso), acalmar ânimos e viabilizar um epílogo
administrativo menos traumático.
Bastidores
A situação nas hostes políticas de Nascimento não é das
melhores. Assediado pela justiça; vendo alguns de seus vereadores votando
contra seus interesses na Câmara Municipal; assistindo à ostensiva movimentação
de bastidores quando alguns amigos e correligionários já andam em busca de um
candidato para substituí-lo, tudo isso o faz perder o controle emocional o que
ficou patente em seu último anúncio feito pelas redes sociais sobre o novo
pouso do avião que fará escala em Manaíra. Aliás, foi esse o único
pronunciamento de Nascimento nos últimos dois meses. Após as denúncias
oferecidas contra ele, pelo Ministério Público, um mutismo inexplicável tomou
conta do midiático prefeito. As labaredas desse incandescente inferno em que
vive o burgomestre princesense teve suas primeiras chamas alimentadas por dois
combustíveis: o da arrogância misturado o da burrice política. Afinal,
Nascimento é flex.
(Escrito por Domingos Sávio Maximiano
Roberto, em 14 de novembro de2019).
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