ODE

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

POLÊMICA SEM FIM?





O apego desmedido que o prefeito de Princesa tem ao cargo que ocupa, causa espanto. Quase todos da cidade estão ao mesmo tempo incomodados, e de saco cheio com a insistência de Nascimento em mentir acerca da possibilidade de se candidatar a uma reeleição para prefeito. Somente ele não atinou ainda para o NÃO rotundo que grande parte da população já sinaliza, em relação à sua continuidade como chefe do Poder Executivo. A enganação do edil princesense data ainda da sua campanha eleitoral em 2016 quando afirmava enfaticamente que, em 90 dias botaria as coisas em ordem. Descumpriu a promessa e, ao invés de consertar o que estava errado, desordenou o que estava certo: fechou Escolas; fechou Matadouro; fechou Hospital; majorou as taxas de impostos municipais em mais de 200%; maquila números da Saúde e da Educação para criar estatísticas fictícias; e, para completar, além de já estar condenado em segunda instância pelo crime de fraude em licitação e, portanto inelegível, responde a processos na Justiça, por improbidade administrativa, em cinco irregularidades que cometeu e que, em alguns casos, continua cometendo.

Estrebuchar é um direito

Como pode um governante, portador de uma bagagem dessas, postular ser candidato novamente? Aliás, somente ele acredita que poderá ser candidato de novo, uma vez que, a cada dia que passa, essa possibilidade se apresenta mais remota para Nascimento. Em julho passado, o prefeito foi condenado pelo Tribunal de Justiça e ontem, foi dado conhecimento ao público princesense do julgamento do acórdão que confirmou sua condenação. Mesmo assim, o prefeito continua dizendo que será candidato. Para tanto, chegou ao cúmulo de mandar um de seus advogados (o menos conhecido, pois, doutor Odon Bezerra não se arriscou a passar por ridículo), um tal doutor Francisco Ferreira, ontem, veicular um áudio em que afirma a possibilidade de sua candidatura, sem nenhum embasamento jurídico, apenas para dar continuidade a um estrebuchamento jurídico que não leva a nada, senão à mentira, que é sua praxe.

A mentira como arma

As asneiras proferidas pelo doutor Ferreira, foram rebatidas com veemência e categoria, em programa radiofônico, pelo doutor Rivaldo Rodrigues, quando reafirmou que Nascimento está inelegível, dizendo ser a fala do advogado Ferreira: “(...) uma tentativa de ludibriar a população e escamotear a verdade num procedimento que chega a ser criminoso”. E mais: “Informação mentirosa e falsificação de informações levadas a público, é crime”. Essas assertivas do doutor Rivaldo foram corroboradas pelo notável causídico princesense, doutor Wellington Marques Lima, quando assegurou também que o prefeito de Princesa é detentor da impossibilidade de se candidatar a qualquer cargo público pelos próximos oito anos. A insistência de Nascimento em mentir, se justifica, pois tem ele a necessidade de manter “cordeirinhos” todos aqueles com quem tem compromissos a saldar e, para isso, usa seu solícito advogado para (também no afã de continuar roendo osso), acalmar ânimos e viabilizar um epílogo administrativo menos traumático.

Bastidores

A situação nas hostes políticas de Nascimento não é das melhores. Assediado pela justiça; vendo alguns de seus vereadores votando contra seus interesses na Câmara Municipal; assistindo à ostensiva movimentação de bastidores quando alguns amigos e correligionários já andam em busca de um candidato para substituí-lo, tudo isso o faz perder o controle emocional o que ficou patente em seu último anúncio feito pelas redes sociais sobre o novo pouso do avião que fará escala em Manaíra. Aliás, foi esse o único pronunciamento de Nascimento nos últimos dois meses. Após as denúncias oferecidas contra ele, pelo Ministério Público, um mutismo inexplicável tomou conta do midiático prefeito. As labaredas desse incandescente inferno em que vive o burgomestre princesense teve suas primeiras chamas alimentadas por dois combustíveis: o da arrogância misturado o da burrice política. Afinal, Nascimento é flex.


(Escrito por Domingos Sávio Maximiano Roberto, em 14 de novembro de2019).

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