Se o Ano é Novo e a vida é a mesma: nova, velha, não
interessa... As esperanças se renovam e isso acontece naturalmente, como se num
passe de mágica, no afã de reformularmos pensamentos e intenções para
recomeçarmos tudo como se houvéramos nascido de novo. Na verdade, a vida é um
ciclo que dele não podemos fugir. Parece que está intrínseco e que obedece a
uma regra. Inspirado numa fotografia (acima) – enviada por minha amiga e
colaboradora, Rosane Pereira – acompanhada da seguinte legenda: “A casa é um lugar que quando você cresce
quer deixar... E quando você envelhece quer voltar.”, resolvi escrever,
neste primeiro dia do novo ano, uma matéria lite
sobre isso.
O ninho da paz
A casa da gente é mesmo o ninho, o aconchego; o nosso canto
até certo ponto. No ponto certo, deixa de ser nossa porque na verdade não é. A
tendência é a de abandoná-la em busca da liberdade e da realização individual.
É certo que mesmo sendo de nossos pais [a casa], nunca deixará de ser também
nossa, porém, o que queremos é ter a nossa própria para que o ciclo da vida
continue. A fila anda, e o processo se repete indefinidamente. Mesmo assim, se
faz correta a assertiva contida na frase enviada pela mãe de Thiago Pereira.
Quando envelhecemos – em obediência natural ao mesmo ciclo da vida -, tendemos
a retornar ao ninho para repousar em paz (sem ser a eterna). Denota-se com isso
que, mesmo que tenhamos vida longeva, começamos a morrer quando sentimos
vontade de voltar pra casa. Eu, particularmente, jovem que sou, estou me
sentindo muito bem onde estou. Ao contrário de Rosane, ainda não quero voltar
pra casa.
ESCRITO POR DOMINGOS
SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 1º DE JANEIRO DE 2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário