Finda a “Festa de Momo”, necessário se faz um balanço da
folia carnavalesca de Princesa. Observei que neste ano as alegrias não se
manifestaram como nos anos anteriores. Foi um Carnaval como que por obrigação.
De sorte que transcorreu tudo em paz. Acredito que a crise financeira que afeta
a tudo e a todos, foi responsável pela pouca animação. O Carnaval de Princesa
tem sua abertura na quarta-feira com o já famoso bloco “Galo do Maia”, seguido
do tradicional “O Cariri” na sexta-feira. No sábado, sai o maior bloco carnavalesco
da cidade: ”As Virgens”. Este ano, porém, esse bloco teve uma animação
diferente. O Trio Elétrico contratado pela prefeitura e que seria encarregado
de puxar o bloco, não chegou a tempo de fazê-lo. Solicitado pelos organizadores
do bloco, o vereador Alan Moura disponibilizou o Trio Elétrico de propriedade
de seu irmão, doutor Aledson Moura, o que foi feito. Essa decisão que poderia
ter sido encarada com normalidade, foi contestada violentamente pelos
seguidores do prefeito – diante das vistas do mesmo -, quando quiseram impedir
que aquele carro de som acompanhasse “As Virgens”. Diante da truculência dos
agressores oficiais, os componentes do bloco protestaram e vaiaram o edil que
queria impedir o desfile com um “Trio Elétrico” que não o “seu”. Mas, mesmo
assim, o bloco saiu. Tirante disso, ocorreu tudo em paz. Folia no domingo e na
segunda-feira e, na terça-feira, a apoteótica apresentação das Escola de Samba “Unidos
do Cruzeiro” e, uma novidade, a volta dos caretas fidalgos com a apresentação das
“Jovelinas” composta de mulheres de bem e solteironas juramentadas. Na Quarta-feira
de Cinzas, o encerramento com o bloco mais “tai-de-faca” da cidade: “A Traíra
na Vara”. Depois daí, expiar os pecados da folia e encarar o ano que só agora
começa de verdade.
(ESCRITO POR DOMINGOS
SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 28 DE FEVEREIRO DE 2020).
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