ODE

terça-feira, 31 de março de 2020

FIM DE TODA E QUALQUER CREDIBILIDADE




Ontem, este Blog veiculou uma matéria dando conta de que o Hospital Regional (que agora é municipal) estava apto para receber pacientes com suspeita de contaminação com o Coronavírus. Exultei com isso, acreditando nas palavras do senhor prefeito municipal. Na verdade, dei uma última chance a Nascimento, o pai da mentira. Digo isso, porque o que se constata hoje, é que aquele nosocômio continua atendendo às pessoas de formal normal. Uma normalidade que, nesses tempos de Coronavírus, é anormal. Ali, estão atendendo pacientes com uma triagem única. Ou seja, todo mundo junto. Não há uma triagem específica para as pessoas que apresentam sintomas que podem ser provocados pelo vírus que mata. A mentira do prefeito foi montada após a divulgação, pelo doutor Aledson Moura, de um projeto muito bem elaborado para ser adaptado àquele hospital quanto à sua transformação em um Centro de Referência para o atendimento e tratamento das pessoas que possam ser acometidas da COVID-19. No afã de se fazer antecipado, Nascimento divulgou prontamente que já tinha pronto projeto similar, no que estava faltando com a verdade.

A prova da mentira

É bem acertado aquele ditado que ensina: “A mentira tem pernas curtas!”. No sábado (28/03), quando participava de uma entrevista na “Rádio Princesa FM”, o senhor prefeito Ricardo Pereira do Nascimento, afirmou, textualmente: “O Hospital Regional está adequado, temporariamente, para receber qualquer paciente que tenha suspeita do Coronavírus”. Estas foram as palavras do prefeito. Antes que Nascimento fechasse a boca, o telefone da Rádio tocou e, ao atender, o jornalista Júnior Duarte (entrevistador) ouviu de uma senhora o seguinte relato:“Júnior, ontem, levei meu filho até o Hospital Regional, com sintomas de gripe: febre, falta de ar, coriza, dor de cabeça e tosse. Não foi atendido pelo médico e sim, porum enfermeiro que mandou que ele tomasse o medicamento ibuprofeno e um banho”. Ao ouvir isso, o entrevistador disse: Prefeito, ibuprofeno não pode, né?O prefeito, sem jeito, disse: “É, tem de procurar o médico plantonista”. E aí? Como é que ficam as coisas diante desse fato comprovado no ar, na taba da cara do prefeito? No Hospital que, segundo Nascimento, está adequado para receber pacientes infectados com Coronavírus quem atende é um enfermeiro? E o remédio receitado é justamente o “ibuprofeno” que, segundo o Ministério da Saúde, não pode ser ingerido por pessoas com os sintomas acima apresentados? Aonde nós vamos parar?

A irresponsabilidade continua

Como se não bastasse, no domingo (29/03), um dia após o prefeito anunciar o adequamento do Hospital, atendendo a projeto do diretor clínico, doutor Wagner (que postou vídeo nas redes sociais afirmando a elaboração e aplicação desse projeto), uma gestante que procurou aquele nosocômio, foi atendida normalmente, sem nenhum cuidado especial quanto à triagem específica, misturada com outros pacientes que aguardavam atendimento. Na verdade, mais uma mentira do prefeito. Ali não existe nenhum isolamento, nenhuma separação, tá tudo junto e misturado. Um saco de gatos que poderá causar sérios danos à saúde do povo de Princesa. Até agora, as mentiras de Nascimento têm prejudicado sobremaneira o povo de Princesa, porém, agora a coisa é mais séria, pois, trata-se de vidas humanas. Só há um remédio: humildade. Prefeito, já que o senhor não tem projeto algum para essa Pandemia de Coronavírus, que mata, tenha humildade, adote o projeto elaborado por doutor Aledson e cuide da saúde do povo de Princesa. Aliás, de irresponsabilidades, basta! Além de haver fechado o hospital São Vicente, o senhor municipalizou o único hospital existente na região que agora, sem recursos do Governo do Estado, está sem condições de prestar um serviço de qualidade à nossa saúde. Acho que, em Princesa, a mentira vai matar mais do que o Coronavírus.


(ESCRITO POR DOMINGOS SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 31 DE MARÇO DE 2020).

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