MANITO E CHICO MACAXEIRA
Manito, na campanha eleitoral de
1970, quando disputava uma vaga de deputado estadual à Assembleia Legislativa
da Paraíba, atendendo solicitação de seu tio afim Genésio Lima, acompanhou
Chico Macaxeira, eleitor fiel, que, doente de uma perna teria que seguir para
fazer tratamento na cidade de João Pessoa. Pela dificuldade de mobilidade
motivada pelo estado precário das estradas paraibanas, fizeram a viagem via estado
de Pernambuco. Chegando a Arcoverde, Manito encontrou alguns amigos de escola
que não via há muito tempo e começaram a tomar cerveja e a jogar conversa fora.
O papo foi-se animando ao ponto de o candidato resolver acomodar Chico Macaxeira
em uma pensão de ponta de rua e pernoitar com os amigos no “Cabaré de Rio
Branco” (como dizia ele), numa referência ao antigo nome da cidade de
Arcoverde. Farrearam a noite toda e, no dia seguinte, de ressaca, passou, o
candidato, o dia todo dormindo. Esqueceu-se do compromisso e do paciente. “Alisou” e, sem
um tostão no bolso, valeu-se dos amigos para continuar bebendo, o que fez
durante mais dois dias. Tomando conhecimento de que Chico não havia chegado a
João Pessoa, estando este ainda em Arcoverde e culpando-se pela
irresponsabilidade de ter confiado tarefa tão importante a Manito, Genésio Lima
providenciou o resgate do amigo através de conhecidos que tinha naquela cidade,
financiou seu traslado para a capital paraibana e, o candidato, filho dileto do
clã “Diniz”, passou mais de uma semana para retornar a Princesa. Manito, por
essas e outras, perdeu a eleição.
(EXTRAÍDO
DO LIVRO “PRINCESA – HISTÓRIA E VOTO”)
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