O serviço dos Correios foi criado no Brasil em 25 de janeiro
de 1663 com a implantação no Rio de Janeiro (embora a capital fosse
Salvador/BA) do Correio-Mor. Em Princesa, a comunicação postal chegou em 1911
com a instalação de uma Agência dos Correios. Solicitado pelo jovem coronel
José Pereira Lima, esse pleito foi do então presidente (governador) João Lopes
Machado ao presidente da República Hermes Rodrigues da Fonseca. A agência foi
inaugurada no início daquele ano e posta a funcionar numa casinha simples,
situada no final da Rua “Grande” e foi designada, para comandar a nova Agência,
a senhora Josina Cavalcanti Amaral que o fez até o ano de 1918. No início, os
serviços postais eram realizados de forma muito rudimentar. Os malotes (sacos
amarrados pela boca com barbantes) eram transportados no lombo de animais, de
Princesa até a estação ferroviária em Rio Branco (Arcoverde) e de lá, partiam
de trem para o Recife. Na capital pernambucana, os “malotes” eram selecionados
e as correspondências distribuídas para o resto do Brasil e o mundo. Naquele
tempo, uma carta poderia gastar o tempo equivalente a mais de um mês para
chegar ao seu destino e era esse, o único meio de comunicação existente entre
as pessoas.
A chegada do telégrafo e a nova
Agência
Em 1922, foi implantado em Princesa, o telégrafo, que passou
a operar pelo sistema de CW-Fonia. Com esse sistema de comunicação quase
virtual, houve uma verdadeira revolução e a cidade entrou no mundo dos
telegramas, da comunicação rápida. Veio para cá o jovem triunfense Richomer
Góes de Campos Barros incumbido de operar aquela novidade tecnológica. Durante
a Guerra de Princesa, em 1930, era Richomer o redator oficial dos comunicados
do coronel José Pereira Lima e também o transmissor através do telégrafo.
Segundo o historiador José Octávio de Arruda Melo, em seu livro: A Revolução Estatizada, pp. 390, diz o
seguinte: “Já o funcionamento do posto
telegráfico (federal), sob o comando de Richomer Barros, cujos serviços a José
Pereira foram tão inestimáveis que “A
UNIÃO” de 04.06.30 o tacharia de ‘telegrafista das hordas ilegais’ –
constitui um dos aspectos mais sugestivos da competição burocrática da revolta
princesense”. Em 1932, já estando Princesa sob o comando revolucionário,
tendo como prefeito o senhor Nominando Muniz Diniz (“seu” Mano), este, doou um
terreno, próximo à sua casa de residência, onde foi construído, por ordem do
interventor estadual Antenor de Franca Navarro, um prédio para abrigar a
Agência dos Correios. É o mesmo existente até hoje.
(ESCRITO POR DOMINGOS
SÁVIO MAXIMIANO ROBERTO, EM 17 DE MARÇO DE 2020).
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