Triste constatar que um médico da qualidade do doutor Wagner Leite, se passe para defender, com unhas e dentes, as demandas irresponsáveis de Nascimento. O doutor Wagner, que acumula as direções do Hospital Regional e do SAMU, num enlinhado que só traz prejuízo ao serviço de saúde do município, tomou as dores do prefeito e respondeu, no meu WhatsApp, sobre o vídeo que fiz protestando quanto à negação da cessão de uma ambulância para transportar o ex-vereador Chota, acometido da Covid-19, de Princesa para Patos. Disse, o doutor, que essa prática é corrente, que o SAMU não tem obrigação de transportar pacientes que não sejam referenciados por aquele órgão de saúde, etc. Ora, não se trata disso, mas sim de uma necessidade urgente de atender a um paciente, seja ele quem for. Num momento desses, a burocracia deve ser relegada ao esquecimento. Prática corriqueira. Na verdade, não foi a primeira vez que a ambulância foi negada para transportar um paciente. Isso tem sido uma praxe. O que causa estranheza, além da defesa do doutor Wagner, que nada tem a ver com a UPA, são os frequentes anúncios do prefeito sobre a aquisição de ambulâncias, doadas através de seus deputados, o que, na verdade, não vem servindo para nada. Quanto ao duplo diretor, seu papel deveria ser o de facilitar - em sintonia com os demais serviços de saúde -, a vida daqueles necessitados de atendimento. Mas, não. O nobre diretor, como se fora um boi-de-piranha, insurge-se como defensor do prefeito. É claro que cumpre o papel a que está designado. Não somente ele, mas todos os que, além de desempenharem suas funções, devem funcionar também como áulicos de Nascimento. Afinal, na volta do prefeito que vai escrever um livro, escreveu não leu, é analfabeto.
DSMR, em 28 de abril de 2021.
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