Esse poema de Emmanuel Conserva de Arruda, princesense da
gema, foi resgatado da ABLAC em Revista, uma publicação da Academia Brasileira
de Letras e Artes do Cangaço, edição nº 01 de 2021. Arruda, além de poeta é
historiador e apaixonado por fotografia. Tudo que for arte interessa a esse
nosso conterrâneo. Reproduzimos aqui, essa poesia, com o intuito de divulgar os
valores culturais da nossa Terra.
ESTRADA CEMITÉRIO
A moça
caetana
A onça alada
A morte
tirana
Mas nunca
esperada
O cabra que
reza
O terço, a
oração
A vida que
preza
O dia do não
Um disparo
no escuro
A faca, um
punhal
Um tiro
certeiro
O corte
fatal
Um filho sem
pai
Uma pobre
viúva
É o sangue
que cai
A lágrima
que enturva
Carpideiras
no canto
A chama da
vela
Um choro, um
pranto
Vingança e
querela
Morte no
Sertão
Silêncio e
medo
Erro sem
perdão
Mentira e
segredo
Cruzes na
estrada
A história,
o mistério
Tanta vida
acabada
É a estrada
cemitério
EMMANUEL CONSERVA DE ARRUDA
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