AINDA SOBRE A “LÁUREA” QUE A CÂMARA DE PRINCESA ME CONCEDEU

Sob o título: “Domingos persona non grata: Pra que isso?”, o conterrâneo Tião Lucena escreveu se solidarizando comigo pelo título de persona non grata que a Câmara Municipal de Princesa me concedeu. É sem dúvida essa uma solidariedade mais do que verdadeira e consciente, pois, como bem disse Tião, motivo algum tem ele para me elogiar. Com isso, o jornalista princesense reconhece o exagero dos nossos vereadores, em consentir se deixarem manipular pelo incontido desejo de vingança do prefeito.

Exagera quando – por motivos particulares ou desconhecimento de causa -, ferra meu governo de “desastre”. É verdade que cometi erros. O principal deles, atrasar salários. Mas, não se pode olvidar as várias obras que fiz construir em Princesa; a água que distribui aos pobres durante o longo período de estiagem; a Adutora do Pajeú que consegui com verbas federais; a forma humana como eu sempre tratei os pobres e desvalidos, dentre outras ações positivas.

Lamentei por isso e pelo fato de haver dado mote a um mentiroso que disse que eu não posso votar nem ser votado. Sou eleitor ativo (votei nas últimas eleições) e tenho certeza de que posso ser votado sim. Se Nascimento, que fraudou licitação, pôde ser votado, por que eu não?

Agradeço aqui a Tião Lucena e às várias pessoas que me telefonaram e me mandaram mensagens de solidariedade e de repúdio a essa lamentável atitude dos nossos representantes. As lapadas que trocamos, Tião e eu, ao longo do tempo, são exercitadas de forma respeitosa e em obediência aos limites da civilidade. Divirjo politicamente dele, mas Tião é, sem dúvida, um princesense ilustre, porque amante da nossa terra.

Quanto aos vereadores que assinaram a moção de repúdio à minha pessoa, tenho mais é que lamentar. Esses 10 vereadores que me repudiam já receberam, nesses cinco meses de mandato, cerca de 400 mil reais em salários. Deixo aqui uma pergunta: o que fizeram por Princesa, até agora, para justificar tão gorda remuneração? Por fim, repito o conselho: poder é que nem remédio, tem prazo de validade.