ODE

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

A falta de carisma de João Azevedo é compensada pela competência administrativa e pela apatia da oposição

Sem demonstrar apetite algum para concorrer contra a chapa oficial - representada pelo governador João Azevedo, nas eleições do ano que vem ao governo do Estado -, os adversários deste, completamente apáticos e desarticulados, batem cabeça sem conseguir um rumo que lhes conduza a um consenso sobre quem será o candidato a disputar a eleição pela oposição. Azevedo, mesmo sem carisma algum, trafega confortável em carreira solo, sem aparente obstáculo.

Na oposição, ninguém sabe de nada. A cada semana, mudam os nomes no xadrez da sucessão. O ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, que era pré-candidato, desistiu e flerta com uma vaga de vice na chapa de reeleição do governador. O ex-governador, Cássio Cunha Lima, já descartou a possibilidade de entrar na disputa e oferece seu filho, Pedro, que não esconde o fastio em submeter-se ao patíbulo eleitoral que lhe reservam.

Enquanto isso, usando a máquina administrativa, em moto próprio, o governador se articula junto às lideranças menores (prefeitos e vereadores), pavimentando o caminho para a renovação de seu mandato. No último domingo, João Azevedo reuniu 81 prefeitos paraibanos, ou seja, 37% do contingente estadual para, numa solenidade, conceder benefícios governamentais em obras para seus diversos municípios.

A situação é tão crítica para a oposição que, no momento, já se cogita uma candidatura da atual vice-governadora, Lígia Feliciano, apoiada pelo ex-prefeito Luciano Cartaxo, para concorrer com João Azevedo. Na verdade, a oposição prepara montarias para viabilizar a cavalgada rumo ao Senado Federal, que é a eleição que se vislumbra acirrada para 2022. No momento, enquanto os adversários brigam para não se candidatarem, para João Azevedo, o céu é de brigadeiro.




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