Sem demonstrar apetite algum para concorrer contra a chapa
oficial - representada pelo governador João Azevedo, nas eleições do ano que
vem ao governo do Estado -, os adversários deste, completamente apáticos e
desarticulados, batem cabeça sem conseguir um rumo que lhes conduza a um
consenso sobre quem será o candidato a disputar a eleição pela oposição.
Azevedo, mesmo sem carisma algum, trafega confortável em carreira solo, sem aparente
obstáculo.
Na oposição, ninguém sabe de nada. A cada semana, mudam os
nomes no xadrez da sucessão. O ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues,
que era pré-candidato, desistiu e flerta com uma vaga de vice na chapa de
reeleição do governador. O ex-governador, Cássio Cunha Lima, já descartou a
possibilidade de entrar na disputa e oferece seu filho, Pedro, que não esconde
o fastio em submeter-se ao patíbulo eleitoral que lhe reservam.
Enquanto isso, usando a máquina administrativa, em moto
próprio, o governador se articula junto às lideranças menores (prefeitos e
vereadores), pavimentando o caminho para a renovação de seu mandato. No último
domingo, João Azevedo reuniu 81 prefeitos paraibanos, ou seja, 37% do
contingente estadual para, numa solenidade, conceder benefícios governamentais
em obras para seus diversos municípios.
A situação é tão crítica para a oposição que, no momento, já
se cogita uma candidatura da atual vice-governadora, Lígia Feliciano, apoiada
pelo ex-prefeito Luciano Cartaxo, para concorrer com João Azevedo. Na verdade,
a oposição prepara montarias para viabilizar a cavalgada rumo ao Senado Federal,
que é a eleição que se vislumbra acirrada para 2022. No momento, enquanto os
adversários brigam para não se candidatarem, para João Azevedo, o céu é de
brigadeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário