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quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Lula e Alckmin flertam com vistas a uma provável união em 2022

A sinalização de uma provável união entre o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, dá um novo tom à pré-campanha presidencial. Esses dois históricos adversários – que já se enfrentaram numa eleição para presidente da República em 2006 -, trocam figurinhas com vistas a uma composição para as eleições do próximo ano.

O que se especula nos bastidores e é divulgado pela imprensa, é que o quase ex-tucano Alckmin (o ex-governador deverá deixar, em breve, o PSDB) poderá vir a ser o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo petista Lula. Em 2018, Alckmin convergiu para si o chamado “centrão” e candidatou-se a presidente com a esperança de que seria uma alternativa ao então candidato Jair Bolsonaro e a Fernando Haddad, candidato pelo PT. Nessa empreitada eleitoral teve votação pífia quando ficou em quarto lugar.

Agora, os dois políticos que se enfrentaram durante duas décadas, com o intuito de uma efetiva contraposição ao candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, articulam uma união de centro-esquerda com centro-direita, deixando o presidente Bolsonaro ainda mais isolado. Mesmo ainda distante do pleito, esses movimentos já se efetivam porque, nas palavras do comentarista da Globonews, Valdo Cruz: “Tá muito cedo, mas tá muito próximo”.

Quanto à possível união, o ex-governador paulista não proferiu nenhuma declaração; está calado, mas não nega. Enquanto isso, o ex-presidente Lula, em evento ocorrido ontem na Europa, afirmou: “Tenho extraordinária relação com o Alckmin, não há nada que impeça essa união”. Isso demonstra que mesmo sem a maioria dos quadros do PT abençoar essa coligação, Lula – mais ao centro -, na qualidade de líder inconteste daquela agremiação política, já aprovou.


 


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