A sinalização de uma provável união entre o ex-presidente
Luís Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, dá
um novo tom à pré-campanha presidencial. Esses dois históricos adversários –
que já se enfrentaram numa eleição para presidente da República em 2006 -,
trocam figurinhas com vistas a uma composição para as eleições do próximo ano.
O que se especula nos bastidores e é divulgado pela imprensa,
é que o quase ex-tucano Alckmin (o ex-governador deverá deixar, em breve, o
PSDB) poderá vir a ser o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo
petista Lula. Em 2018, Alckmin convergiu para si o chamado “centrão” e
candidatou-se a presidente com a esperança de que seria uma alternativa ao
então candidato Jair Bolsonaro e a Fernando Haddad, candidato pelo PT. Nessa
empreitada eleitoral teve votação pífia quando ficou em quarto lugar.
Agora, os dois políticos que se enfrentaram durante duas
décadas, com o intuito de uma efetiva contraposição ao candidato à reeleição,
Jair Bolsonaro, articulam uma união de centro-esquerda com centro-direita,
deixando o presidente Bolsonaro ainda mais isolado. Mesmo ainda distante do
pleito, esses movimentos já se efetivam porque, nas palavras do comentarista da
Globonews, Valdo Cruz: “Tá muito cedo, mas tá muito próximo”.
Quanto à possível união, o ex-governador paulista não
proferiu nenhuma declaração; está calado, mas não nega. Enquanto isso, o
ex-presidente Lula, em evento ocorrido ontem na Europa, afirmou: “Tenho extraordinária relação com o Alckmin,
não há nada que impeça essa união”. Isso demonstra que mesmo sem a maioria
dos quadros do PT abençoar essa coligação, Lula – mais ao centro -, na
qualidade de líder inconteste daquela agremiação política, já aprovou.
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