Em política, a leitura das coisas não deve obedecer ao rigor
da letra, tampouco ser feita de forma dinâmica, mas sim, nas entrelinhas. Quarta-feira
(19), o senador Veneziano Vital do Rego (MDB), esteve na Granja Santana do
governador, em confabulação sigilosa e, logo que saiu, sua esposa, Ana Cláudia
(Podemos), entregou o cargo de Secretária Estadual de Articulação e
Desenvolvimento dos Municípios, alegando estar determinada a articular sua
candidatura a deputada federal. Diante disso, toda a imprensa anunciou o
rompimento de Vené com João.
Na verdade, a história é bem outra. Uma abelha, com acesso
aos meandros palacianos, me zoou que a jogada é de mestre. João Azevedo
(Cidadania) iria para o MDB e Veneziano seria candidato a vice-governador na
chapa da reeleição. Tudo isso com as bênçãos do ex-presidente Lula e grande
satisfação do suplente Ney Suassuna. Nenhuma surpresa nisso, pois, desde cedo,
pensamos todos haver boi na linha. Ninguém rompe com um governador e vai à sua
casa lhe comunicar. Via de regra, isso é ofício da imprensa. A não ser que
tenham algum acerto a fazer. Aguardemos os próximos passos.
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