ODE

domingo, 10 de abril de 2022

CPI do Mec já se apresenta como certa

Em meio aos fortes indícios de corrupção no Ministério da Educação, tanto no que se refere ao tráfico de influência na liberação de verbas a prefeituras do interior do Brasil por intermédio dos pastores evangélicos, Gilmar Santos e Arilton Moura, e também pelas suspeitas de superfaturamento na compra de mais de 2.000 Ônibus Escolares, os senadores oposicionistas ao governo Bolsonaro, afirmam que já colheram as 27 (2/3 do 81 senadores) assinaturas necessárias para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar esses supostos ilícitos.

Soa plausível a afirmação do senador Randolfe Rodrigues (REDE) de que a CPI já é uma realidade. Basta ver que dois dos senadores paraibanos que passaram ao largo da CPI da Covid-19, Veneziano Vital do Rego e sua mãe, a senadora Nilda Gondim, já assinaram o Requerimento que pede a instalação da CPI. Alguns assinam em busca dos holofotes políticos que um debate dessa natureza pode proporcionar, outros, animados pelo evidente desgaste político de um governo impopular e cheio de denúncias de corrupção.

Para o governo, em ano de eleição, a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito é tudo o que Jair Bolsonaro não deseja. Além da vitrine em que se constitui uma CPI, seu desenrolar pode puxar o fio da meada e descobrir muito mais irregularidades. Em face do aparelhamento promovido pelo próprio presidente, quando recomendou os pastores ao ministro Murilo Ribeiro, a oposição antevê que isso não se restringiu apenas à Educação. A cobra vai fumar!







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