JOAQUIM GOMES DE LIMA
FILHO nasceu no dia
07 de maio de 1894, na cidade de Triunfo/PE, era filho de Joaquim Gomes de Lima
e de dona Francisca Maria da Conceição. Casou-se com dona Maria Antônia e não
teve filhos. Em que pese haver nascido fora de Princesa, Joaquim Gomes, é
considerado um princesense porque foi aqui onde sempre viveu e contribuiu muito
para a cultura princesense. Nos idos de 1930, lutou na “Guerra de Princesa”
sendo um dos principais auxiliares do coronel José Pereira Lima, na qualidade
de homem da linha de frente naquela antológica luta.
Finda a Guerra, acusado de desobediência civil, Joaquim Gomes foi preso pela polícia paraibana e, juntamente com outros princesenses que pegaram em armas ou participaram de alguma forma daquele conflito, passou alguns meses na cadeia. Além dessa importante participação naquela rebelião que se constituiu um marco na história de Princesa, foi também, esse conterrâneo inato, um dos maiores contribuintes para o desenvolvimento da cultura popular do nosso município.
JOAQUIM GOMES NO COMANDO DO BLOCO CARNAVALESCO “ARAPAPACAS”
Folclorista e Carnavalesco
Joaquim Gomes, enquanto folclorista foi membro do bloco carnavalesco “Os Lenhadores” – formado por princesenses simples que labutavam na agricultura -, que disputava, nos carnavais de Princesa, com o bloco “Os Trovadores” que era composto pelos cidadãos abastados da cidade, a exemplo de Sebastião Medeiros; Belarmino Maia; Parajara Duarte, dentre outros. Dissolvido o bloco “Os Lenhadores”, Joaquim Gomes ajudou a fundar o bloco carnavalesco popular chamado “Arapapacas”. O nome desse bloco, segundo a professora de português, dona Luizinha de Fila, deu-se pelo fato de serem, seus componentes, muito conversadores, numa alusão àquelas aves que são bastante zoadentas. O bloco “Arapapacas” existiu até tempos recentes quando, após o falecimento de Joaquim, ficou sob a coordenação de José Aniceto Ferreira, mais conhecido como “Zé de Ana”. Joaquim Gomes era um grande animador das festas de carnaval em Princesa e grande incentivador da cultura popular do município.
Amigo do coronel Zé Pereira
Além de folclorista, era também, esse princesense por adoção,
um exímio artesão sendo considerado o maior fabricante de silos em zinco da
região. Foi também um grande jogador de bilhar, no que era considerado campeão na
cidade e, detentor de grande força física, o que comprovava quando já em idade
avançada, não perdia para ninguém na queda-de-braço. Como cidadão de bem –
embora humilde –, foi convocado para participar do Corpo de Jurados da Comarca
princesense.
Joaquim Gomes veio morar em Princesa ainda pequeno e sempre
foi um grande admirador do coronel José Pereira Lima, a quem se referia com
verdadeira veneração e respeito, dizendo sempre haver sido aquele importante
princesense, o maior homem que a nossa terra já produziu. Certa vez, inquirido
sobre como era o Coronel – divergindo do que conta a história oficial, quando
afirmam, alguns historiadores ou depoentes sobre o Coronel, que Zé Pereira
nunca portou arma alguma -, Joaquim Gomes disse: “Era um homem bom, educado, manso, mas, não se apartava de uma pistola mauzer,
que carregava na cintura e, quando estava preocupado com alguma coisa, ficava a
coçar, incessantemente, o nariz.”.
Quando já em idade avançada, o nosso homenageado foi louvado pelo bloco “Arapapacas” (que ajudou a criar), desfilando em carro aberto, sentado a uma cadeira toda ornamentada - durante as comemorações da festa de “Momo” -, pelas principais ruas da cidade. Pela grande contribuição que deu - esse princesense por adoção -, à cultura desta terra, está o mesmo a merecer a homenagem dos conterrâneos e a figurar no panteão dos filhos ilustres de Princesa. Joaquim Gomes faleceu em Princesa, em 21/ 07/88, aos 94 anos de idade.
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