Ontem (17), aconteceu um debate entre os candidatos ao
Governo do Estado da Paraíba nesse segundo turno. João Azevedo (PSB), que
concorre à reeleição e Pedro Cunha Lima (PSDB) que ficou em segundo lugar e
congrega agora apoios de quase toda a oposição. Ambos se mostraram preparados
quanto aos questionamentos e às respostas. No entanto, Pedro se fez mais
efetivo na condução do debate por evitar discussões sobre o passado, atendo-se
mais aos projetos futuros.
É claro, que diferente não poderia ser. Pedro é deputado
federal e nunca ocupou cargos executivos, apenas carrega o peso de ser herdeiro
de um clã político tradicional que já deu dois governadores a Paraíba: seu avô,
Ronaldo e, seu pai, Cássio Cunha Lima. Para ele [Pedro] não seria interessante
pautar aquela altercação com base nos feitos ou defeitos de seus progenitores.
Mesmo assim, João, no afã de imputar algum defeito ao jovem
candidato tucano, insistiu em relembrar administrações passadas, o que deu o
mote para que Pedro lembrasse a origem política do governador e suas práticas
eleitorais, o que foi o calvário de João: R$ 120 mil de mesada; seis
secretários presos; traição ao criador, dentre outras vulnerabilidades de
Azevedo, acrescentando que ele foi eleito por obra e graça de um esquema de
corrupção que desviou milhões da Saúde paraibana.
Tentando afastar de si essas acusações, o governador ateve-se
a dizer o que pensa fazer se reeleito for. Já Pedro, se mostrando preparado,
focou na necessidade de uma administração moderna e futurista sem se espelhar
no passado. Em face dessas diferenças, vendo o debate, não pude deixar de lembrar
que essas eleições trazem ingredientes do passado. Em 1965, foi eleito
governador, um João (Agripino) em substituição a um Pedro (Gondim). Quem sabe
agora, será eleito um Pedro em substituição a um João?
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