Cara-de-pau, é o mínimo de que podemos chamar o pastor evangélico e "bispo" Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus. Durante toda a campanha eleitoral para a escolha do presidente da República, Macedo, pregou e mandou pregar em suas igrejas, para que seus fiéis seguidores votassem em Jair Bolsonaro para presidente, acrescentando que votar em Lula seria um pecado grave. Satanizou o candidato do PT a não poder mais, ensinando que o ungido por Deus era o Bolsonaro.
Isso não se restringiu a Edir Macedo, mas sim à quase totalidade das Igrejas Evangélicas, principalmente, as de orientação pentecostais. A alienação foi tanta que o também "bispo", Silas Malafaia, chegou a dizer que teve uma visão celestial recomendando o voto no "mito". Os pobres crentes - em sua maioria de pouca instrução - se entregaram completamente em sua confiança e em sua fé, e muitos exercitaram seu voto em consonância com a vontade desses pastores escrotos.
A uma senhora, postulante da crença evangélica, e que frequenta minha casa, eu perguntei: Por que votar em Bolsonaro? Ela me respondeu de pronto: "Ele é um homem de Deus e, o Deus de verdade, manda votar nele". A partir daí eu vi que a coisa estava sem jeito, que a alienação era total, que manipulavam a fé e a confiança dos inocentes. Usurpadores de consciências, além de extorquirem dinheiro desses pobres de Cristo, esses pastores perversos, manipulam também a vontade desses incautos em benefício de seus interesses particulares.
Agora, com a vitória de Lula, esses pastores do mal, com a cara mais lisa do mundo, sobem nos púlpitos de suas igrejas para parabenizarem Lula e dizerem que a vontade de Deus foi realizada. Edir Macedo chegou ao ponto de dizer que perdoa Lula pelo mal que fez ao Brasil. Quanto descaramento! O mal que Lula fez foi a ele [Macedo], ao Malafaia e demais falsos profetas, quando derrotou a farsa, a mentira e a hipocrisia. E, o pior de tudo, é que tudo fazem (e continuarão fazendo), em nome de um deus em quem não acreditam, mas o usam para usurpar o dinheiro e a consciência dos mais fracos. Olê, olê o lá... Assim não dá.
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