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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Depois da eleição, o prefeito de Princesa promove uma verdadeira devassa na UPA

No afã de punir os que não votaram em João Azevedo (PSB) nas eleições do último dia 30, o prefeito de Princesa, Ricardo Pereira do Nascimento, de forma voraz, passou a ripa e demitiu todos os servidores da UPA. Isso mesmo, “demitiu”. É sabido por todos que demissões por motivos políticos são ilegais e não podem acontecer três meses antes e três meses depois das eleições. No entanto, na Princesa do “posso e mando”, a coisa é diferente. Aqui, Nascimento faz do jeito que lhe aprouver.

Somente ontem, foram afastados 23 funcionários, entre médicos, enfermeiros (as), condutores de ambulâncias, técnicos (as) de enfermagem, auxiliares de serviços, etc. Tudo isso da forma mais arbitrária possível. A escala de trabalho, que era apresentada todo dia 25 de cada mês, desta vez, só foi elaborada no dia 31, portanto, um dia depois da eleição. Nessa nova escala, não constam os nomes dos servidores antigos, mas sim, os de novatos que nem contratos, tampouco matrículas, possuem ainda.

O novo diretor da UPA é um médico chamado Wagner. No entanto, quem está dando as cartas naquele estabelecimento de saúde é o ex-secretário de finanças do município de Princesa, o senhor Fábio Braz Pereira, que agora - mesmo sem credencial alguma - é o chefe do Núcleo Técnico daquela UPA. Quando os servidores perseguidos pediram suas cartas de demissão, Braz alegou que eles [os servidores] não estão demitidos. Mesmo assim, não constam nas escalas de serviço nem têm acesso ao ambiente de trabalho.

Alguns dos “demitidos” procuraram o setor de Recursos Humanos da Secretaria Estadual de Saúde, na capital do Estado e receberam a informação de que não estão demitidos e que devem digitar o ponto eletrônico. Porém, esses servidores não têm mais acesso às dependências da UPA. Essa arbitrariedade - comandada pelo Braz, que era tesoureiro -, obedece a um único critério: o do voto. Ou seja, os servidores não são empregados do Estado, mas sim do prefeito de Princesa. Com a palavra, o Ministério Público.




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