No afã de punir os que não votaram em João Azevedo (PSB) nas
eleições do último dia 30, o prefeito de Princesa, Ricardo Pereira do
Nascimento, de forma voraz, passou a ripa e demitiu todos os servidores da UPA.
Isso mesmo, “demitiu”. É sabido por todos que demissões por motivos políticos
são ilegais e não podem acontecer três meses antes e três meses depois das
eleições. No entanto, na Princesa do “posso e mando”, a coisa é diferente.
Aqui, Nascimento faz do jeito que lhe aprouver.
Somente ontem, foram afastados 23 funcionários, entre médicos,
enfermeiros (as), condutores de ambulâncias, técnicos (as) de enfermagem, auxiliares
de serviços, etc. Tudo isso da forma mais arbitrária possível. A escala de
trabalho, que era apresentada todo dia 25 de cada mês, desta vez, só foi
elaborada no dia 31, portanto, um dia depois da eleição. Nessa nova escala, não
constam os nomes dos servidores antigos, mas sim, os de novatos que nem
contratos, tampouco matrículas, possuem ainda.
O novo diretor da UPA é um médico chamado Wagner. No entanto,
quem está dando as cartas naquele estabelecimento de saúde é o ex-secretário de
finanças do município de Princesa, o senhor Fábio Braz Pereira, que agora -
mesmo sem credencial alguma - é o chefe do Núcleo Técnico daquela UPA. Quando
os servidores perseguidos pediram suas cartas de demissão, Braz alegou que eles
[os servidores] não estão demitidos. Mesmo assim, não constam nas escalas de
serviço nem têm acesso ao ambiente de trabalho.
Alguns dos “demitidos” procuraram o setor de Recursos Humanos
da Secretaria Estadual de Saúde, na capital do Estado e receberam a informação
de que não estão demitidos e que devem digitar o ponto eletrônico. Porém, esses
servidores não têm mais acesso às dependências da UPA. Essa arbitrariedade -
comandada pelo Braz, que era tesoureiro -, obedece a um único critério: o do
voto. Ou seja, os servidores não são empregados do Estado, mas sim do prefeito
de Princesa. Com a palavra, o Ministério Público.
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