ODE

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Isolado de tudo e de todos, até que enfim o “mito” sucumbiu ao veredicto das urnas

Depois de um silêncio que durou longas 44 horas, o presidente Jair Messias Bolsonaro, resolveu sair de seu lockdown eleitoral e se pronunciou à Nação. Armou o circo para o derradeiro ato, no Palácio da Alvorada e, ao lado da esposa, do filho, de alguns ministros e de vários auxiliares – todos com cara de velório -, agradeceu os mais de 58 milhões de votos recebidos das urnas, condenou os baderneiros que estão tumultuando as estradas do país e determinou a instalação da Comissão de Transição, enfim, reconheceu a derrota.

De outra forma não poderia ser. Pensando ainda ter poder de fogo, Bolsonaro silenciou no aguardo de receber apoios importantes que lhe dessem fôlego para, talvez, promover uma aventura golpista que lhe permitisse permanecer no poder. Deu com os burros n’água: nem centrão, nem Forças Armadas, ninguém se apresentou como apoiador de suas possíveis intenções ilegais. Ao quase ex-presidente, restou apenas a solidariedade de alguns gatos pingados que, país afora, promovem, desde domingo à noite, baderna quando interditam estradas, prejudicando o funcionamento do país.

Depois da fala do presidente, os brasileiros sensatos respiraram em paz: Ufa! Caiu o pano do último ato dessa ópera bufa. Estamos livres dos jefferssons; das zambellis; dos queiroz; das rachadinhas; dos palavrões, da hipocrisia religiosa; enfim, de tudo o que fez do Brasil um país de assustados e um pária diante da comunidade mundial. Restou o indefectível “centrão” que é um mal necessário. Afinal, em sua capacidade de aderir ao poder, faz-se sempre uma garantia à institucionalidade quando joga casca de banana para o escorrego dos derrotados, ao mesmo tempo em que pisca o olho para os vencedores. Tá na hora do Jair: “acabou”.




 

 

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