O BIGODE
O bigode é a parte da barba do homem, que se deixa crescer
por cima do lábio superior. Escritos da Roma antiga, dão conta de que o
surgimento do uso do bigode se deu no reinado do imperador Tibério (14 a 37 d.
C.). No período de domínio desse imperador romano, para pôr à prova a fé dos
cristãos, Tibério ordenou que homens saíssem às ruas com uma cruz estampada na
face. De bigode e cavanhaque, em obediência à determinação imperial, os homens
se apresentavam com algo parecido com a cruz, estampado em seus rostos. A
partir daí o bigode passou a ser um uso quase obrigatório. Houve tempo em que
os fios do bigode funcionavam como promissórias. Os homens, quando queriam
provar alguma coisa, empenhavam fios de seus bigodes numa prova da autenticidade
de suas vontades ou compromissos. No século XII, fios dos bigodes serviam
também como selos de garantia e eram colados com cera em vários documentos
oficiais, confirmando a imutável fidelidade ao que se declarava na escritura. O
maior bigode do mundo, é o de um indígena de Singapura, medindo, de ponta a
ponta, 1 metro e 65 centímetros. Os bigodes mais famosos que se conheceram,
foram os do ditador Adolph Hitler, da Alemanha, que se assemelhava a uma catôta
pousada sobre o lábio superior e o do artista plástico catalão, Salvador Dali,
que media 25 centímetros. O bigode solteiro (sem a barba), está hoje um pouco
fora de moda na parte ocidental do mundo. Em contrapartida, é quase uma
constante nos rostos dos homens do continente asiático, principalmente nos
países de cultura muçulmana. Mesmo tendo sido cultuado um dia como símbolo de
virilidade, nesses tempos modernos em que a barba virou moda e voltou aos
rostos dos jovens, o bigode, sozinho, é considerado cafona. Tudo tem seu tempo.
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