Pode até parecer perseguição ou renitência minha com tantas
matérias referentes à precariedade na área de Saúde em nosso município de
Princesa. Mas, não. É que todos os dias me chegam denúncias as mais cabeludas
possíveis. De sorte que eu só divulgo neste Blog, as que eu tenho as provas. É
o caso da escabrosa história que vou relatar agora. Tenho o nome da denunciante
(que não vou divulgar aqui) e a gravação da denúncia para uma eventual judicialização
por parte do senhor prefeito.
Ontem (24), uma jovem senhora me telefonou, aos prantos, me
contando uma estarrecedora história. Grávida com 39 semanas e 5 dias, essa
gestante que fez seu pré-natal de forma completa e normal num Posto de Saúde da
Família, aqui em Princesa, na iminência de parir, procurou a Secretaria de
Saúde para agendar o parto e foi encaminhada para o Hospital Regional. Lá, foi
informada de que, ali, somente recebiam gestantes se estivessem em trabalho de
parto para serem encaminhadas à cidade de Patos.
Retornou à Secretaria de Saúde e foi informada que aguardasse
que alguém com ela se comunicaria. Dois dias depois, recebeu um encaminhamento
para ser atendida no Hospital de Itaporanga. Lá chegando, não pôde ser
internada para a cirurgia cesariana sob o mesmo argumento de que não estava em
trabalho de parto. Retornou a Princesa e, chegando ao Hospital Regional, não
foi sequer examinada e logo encaminhada à cidade de Patos. Chegando ao Hospital
daquela cidade, submetida a exames, o médico deu-lhe a triste notícia de que
seu bebê já estava em óbito.
A criança - uma menina -, natimorta foi retirada e, a mãe,
desesperada, retornou a Princesa e não recebeu assistência alguma da prefeitura
municipal para o sepultamento da criança que não teve sequer o direito de
nascer. “Eu estou tão cansada psicologicamente. Minha vontade é de sentar e
chorar... Até conseguir tirar toda essa angústia. Vou dizer que é só tristeza...
Mas, é bem pior que isso...” Postou, a pobre mãe, numa rede social. O descaso com
a saúde em Princesa vem se tornando não somente uma coisa banal, mas, um caso
de polícia. Urge que providências urgentes sejam tomadas para que não morram
mais crianças antes de nascer.
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