No mundo, há modismo até quando o que está em jogo são vidas
humanas. Quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro do ano passado (2022),
os meios televisivos noticiavam, durante todo o dia, as ocorrências naquela tragédia
humana. Sobre aquele conflito, que já completa um ano e nove meses - sem
solução alguma e quando vidas são ceifadas todos os dias - ninguém fala mais
nisso. Uma nota sequer as televisões dedicam àquela guerra. É como se fora uma
coisa que se tornou banal, corriqueira.
A moda agora, é a guerra que Israel empreende contra o grupo
terrorista Hamas. A da Ucrânia não interessa mais e, caso ecloda um novo
conflito ao redor do mundo, certamente, o noticiário esquecerá também o que
está acontecendo na Faixa de Gaza e passará a dedicar sua atenção à mais
recente novidade. Essa insensibilidade, ou mesmo coisificação de algo tão
sério, preocupa a todos porque o que se apresenta necessário é mesmo a notícia
quentinha e não uma provocação de repercussão em busca do fim desses conflitos.
É triste constatar que, o mundo civilizado, ao invés de fazer
gestões junto aos países conflitantes, se envolvam com o intuito de
oferecer-lhes mais armas e mais munições. Parece até que as grandes potências
econômicas: EUA, Reino Unido, França, Alemanha, etc., estão nem aí para as
milhares de mortes de crianças que sucumbem aos bombardeios diários, tanto na
Ucrânia quanto na Faixa de Gaza. No conforto de seus gabinetes refrigerados, as
lideranças decidem pelas guerras e continuam se reunindo, infensas a tudo, com
o intuito apenas de mantê-las. Triste mundo “civilizado!”
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