ODE

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Projetos em si são subjetivos, mas há projetos que são bem objetivos

Desprovido de argumentos plausíveis, tanto para alavancar uma candidatura viável, quanto para combater as que se apresentam fortalecidas, e com o intuito de se perpetuar no poder, o que lhes poderia permitir continuar com seu projeto pessoal, o prefeito Ricardo Pereira do Nascimento, vive a conceder entrevistas em que se refere - quando se trata das eleições do próximo ano - de forma enigmática, sobre um tal “projeto familiar”. Repete isso, como um mantra, tentando desmerecer os projetos políticos que o incomodam.

Como sempre, no exercício de sua contumaz hipocrisia, o alcaide vive a atribuir aos outros os seus defeitos. Nascimento vive a pregar aos quatro ventos que não pratica nepotismo nem permite que o façam. Ora, como pode praticar o nepotismo - na acepção da palavra - quem não tem família? O nepotismo dele é diferente quando, na falta de mulher, filhos, sogros, noras ou genros, etc., concede empregos e benefícios aos amigos e agregados que vivem no seu entorno.

Mente quando diz que seu corpo de secretários é formado por técnicos competentes. Quanto à competência, não vou me ater aqui. Porém, quanto à ligação de cada um com a política, isso é realidade, senão vejamos: Até tempos recentes, o seu secretário de Assistência Social era um vereador; sua secretária de Saúde já foi candidata a vice-prefeita; o secretário de Infraestrutura é esposo de uma vereadora. Quem não tem colírio usa óculos escuros, já dizia Raul Seixas e, talvez por isso, Nascimento não enxergue o seu próprio rabo.

Projeto familiar, pelo que conheço, é a unção de parentes nos processos sucessórios. Pelo que sei, nenhum dos pré-candidatos da oposição são detentores de poder político - seja no âmbito municipal ou estadual - tampouco há relação de parentesco entre eles. A falta de argumento do prefeito gera a insana fabricação de Fake News, em forma de narrativa, com o intuito de transformar em verdade dos outros o que é a verdade dele. No desespero em que se encontra, o nosso burgomestre, vivendo num impasse político e numa ciranda financeira - o que lhe tira do sério; vive a botar chifres em cabeças de cavalos porque abomina a concorrência do jumento carregado de açúcar.



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