É claro que não podemos abstermo-nos de considerar a presunção de inocência do secretário Givaldo Rodrigues de Morais. Afinal, no ordenamento jurídico brasileiro, é assegurado a todo cidadão o amplo direito de defesa. Mesmo assim, não poderíamos deixar de fazer uma análise mais acurada sobre a prisão do secretário de Infraestrutura da prefeitura de Princesa, ocorrido ontem à noite (19), fato que teve uma das maiores repercussões já vistas na mídia digital. Aliás, nos últimos tempos, Princesa tem sido pródiga nisso.
O homem, que é o braço direito do prefeito Ricardo Pereira do Nascimento - os dois mantêm uma relação política há mais de 20 anos -, foi preso e algemado sob a acusação de haver dopado e tentado estuprar uma jovem de 21 anos que acompanhava o pai à capital do Estado em busca de tratamento médico. Por si só, essa situação já se apresenta devastadora. Coloquemo-nos no lugar desses dois (pai e filha), deslocados de Princesa para cuidar da saúde, sob a proteção de uma autoridade municipal que, ao invés de cuidar deles, aproveitou-se de suas vulnerabilidades para molestá-los.
Esse caso nos traz à memória comentários sobre o comportamento do secretário Givaldo na prática de delitos e nos remete a situações espúrias em que ele foi protagonista. Em passado mais distante, teve problemas que o obrigaram a renunciar a algumas posições que ocupava; em passado mais recente, foi preso por porte ilegal de armas e suspeitas outras. Agora, pego em flagrante delito, amarga, não só a prisão, mas também a repercussão causada pelo desmascaramento de uma situação que sempre foi do conhecimento de todos, mas que não podia ser explorada por falta de provas. No entanto, isso não o exime da pecha de reincidente.
Fazendo uma rápida analogia com o caso do jogador Daniel Alves: será que outras possíveis vítimas do secretário sairão da sombra em busca de reparação por haverem sofrido as mesmas agressões? O castelo de cartas começou a ruir e, com certeza, estão por vir as cenas dos próximos capítulos. O chefe do braço direito, só se refere à minha pessoa como: "o ladrão". Já o braço direito do chefe me chamava de "cupim". Vejo agora, na qualidade de "madeira do rosarinho", e sem comprazimento algum, meus detratores às voltas com suas realidades. Segundo o filósofo Mario Sergio Cortela: "Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe!"
A emersão agora (mesmo que recorrente) dessa dura verdade causou um grande baque em Nascimento. Em seu pronunciamento - oportunidade em que lamentou o fato e quase amparou seu "braço direito" deixando de solidarizar-se com as vítimas -, o prefeito, visivelmente abatido se disse surpreso. Mas não, ele não está surpreso. Ele está mesmo é decepcionado! O histórico pesado do secretário não permite surpresa. Já o desleixo com o uso da coisa pública (veículos da prefeitura, por exemplo) para a locupletação na luxúria, decepcionou o alcaide, que sempre recomendou cuidado. Diante de tudo isso, denota-se que estão mesmo no fim da festa. Afinal, o tempo é o senhor da razão.
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