Pouquíssimas matérias veiculadas por este Blog tiveram a repercussão igual à da que divulgamos no último sábado (6), sobre a visita do presidente do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, Nominando Diniz, a Princesa. É claro que, mesmo que tentem obscurecer a verdade, essa visita teve um cunho político; o que desagradou, sobremaneira, a uma das facções políticas de Princesa, justamente, o grupo que antes era liderado, mesmo à distância, pelo ex-deputado Nominando Diniz, mais conhecido aqui por "Totonho".
A coordenação política do grupo Diniz acontecia como antigamente, quando doutor Antônio Nominando (pai de Totonho) era deputado estadual e, de João Pessoa, dava as coordenadas, porém, quem mandava aqui era sua irmã Maria Aurora. Até o último sábado, acontecia a mesma coisa: Totonho coordenava de lá e, o ex-prefeito doutor Sidney, mandava de cá. Agora, a coisa se atrapalhou. Com o escancarado apoio de Nominando à pré-candidatura do vereador "Garrancho" à prefeitura de Princesa, abriu-se uma dissidência no partido.
No entanto, nada vai mudar quanto ao apoio do doutor Sidney - que tem seu filho Sidney Filho como pré-candidato a vice-prefeito de Rúbia Matuto - à chapa da oposição. Primeiro, porque os correligionários que Nominando levou para a chapa oficial, quase todos, já somavam com o prefeito Nascimento. Segundo, porque, com essa defecção, o grupo dos chamados "bocas-pretas", após o que consideram, não uma adesão, mas uma traição de Totonho, estão mais estimulados ainda em provar sua fidelidade partidária.
A estranheza disso tudo se patenteia pelo fato de que, desde março de 2003, quando Nominando Diniz assumiu uma cadeira no TCE/PB, nunca tinha se envolvido tanto numa pré-campanha eleitoral como agora. São várias as visitas que Totonho já fez, neste ano, a Princesa, coisa que não fazia há tempos. E, mais estranho ainda, é o fato de que, uma autoridade constituída para fiscalizar e julgar as contas de prefeitos e vereadores, se exponha em almoços, fotografias e até solicitando apoios a pré-candidatos a prefeito e vereadores.
Uma fonte me confidenciou que Nominando afirmou, numa das casas que visitou em , Princesa: "Papai fazia política com o coração e eu, faço com a razão". Desse dito, várias interpretações podem ser tiradas. O que não é plausível de entendimento ou compreensão é o fato de um conselheiro do TCE/PB declarar apoio - mesmo que de forma sub-reptícia - a um pré-candidato que, mais tarde, será submetido ao seu julgamento. Ademais, será que o doutor Nominando está sabendo do caso dos cheques endossados da Prefeitura e da motocicleta da Câmara Municipal de Princesa?
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