Todas as pesquisas eleitorais davam conta de que a vitória da
oposição, na Venezuela, seria certa e por uma larga margem de votos de vantagem
do candidato González Hurrutia sobre o ditador Nicolás Maduro. Não se pode
falar em surpresa porque era previsível que Maduro jamais largaria o osso.
Todos sabiam que alguma coisa aconteceria para impedir a expressão da vontade
livre e soberana do povo da Venezuela.
Uns apostavam que o pleito seria adiado sob pretexto
qualquer. Outros, achavam que, saído o resultado dando vitória à oposição,
Maduro promoveria um golpe de Estado. Todavia, o ditador optou pela fraude
descarada: antes de serem apurados 80% dos votos, o Conselho Nacional Eleitoral
(que é subserviente a Maduro) daquele país, proclamou Nicolás Maduro reeleito
com 51,2% dos votos.
Durante a farsa da apuração dos votos a oposição foi impedida
de participar do processo e não teve acesso às atas eleitorais. Logo após a
proclamação do resultado, países autoritários como, Rússia; China; Cuba; Irã; Nicarágua
e Honduras, reconheceram a vitória do ditador venezuelano. Enquanto isso, o
governo brasileiro emitiu uma Nota dizendo que só reconhecerá o resultado da
eleição após tomar conhecimento das atas eleitorais.
Na verdade, a eleição foi para “inglês ver”. De toda forma,
Maduro tinha de ganhar senão, esbarraria preso pelos crimes que vem cometendo
contra o povo venezuelano nos últimos onze anos de ditadura. Lisura e
transparência nas eleições seria mesmo impensável. Estava tudo orquestrado para
permitir a continuidade. Resta saber se o governo Lula endossará essa fraude
descarada.
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