Em 15 de março de 1968 chegou a luz de "Paulo Afonso" em Princesa. Até essa data, a energia elétrica fornecida à cidade era gerada por um motor que havia sido adquirido ainda no ano de 1940, pelo então prefeito José Gastão Cardoso. Na verdade, até então a energia supria apenas - de forma limitada -, as necessidades da iluminação pública e de algumas residências das pessoas diferenciadas da sociedade princesense. Nesse ano, Gonzaga Bento - no último ano de seu primeiro mandato como prefeito da cidade - conseguiu, junto ao governo do Estado, através de concessão do governo pernambucano, a extensão da rede elétrica, da cidade de Flores, para Princesa.
A conquista desse importante serviço foi comemorada por todos, pois, significava um marco no desenvolvimento da cidade que, a partir dali, teria acesso às novidades tecnológicas da época que faziam a todos delifer de alegria: geladeiras, televisores, liquidificadores, ferros de engomar, dentre outros modernos eletrodomésticos. Embora poucos pudessem ter acesso a isso, todos exultavam com o progresso trazido pela luz. O dia da inauguração foi uma festa. Foram todos para as imediações do Povoado de
"Lagoa da Cruz", onde, num poste de cimento, foi instalada uma chave que faria a conexão necessária para levar energia elétrica - vinda da subestação da cidade pernambucana de Afogados da Ingazeira -, para abastecer a rede recém-instalada na cidade de Princesa. Para aquela solenidade compareceram, além do prefeito e do padre, várias figuras importantes da cidade. Na hora marcada, o prefeito Gonzaga Bento, auxiliado pelo vigário coadjutor, frei Alberto Carneiro Leão, ao pé do poste - através de um longo bastão de madeira -, ambos acionaram a ligação da chave, inaugurando oficialmente a energia elétrica da cidade de Princesa. A esse ato, seguiram-se os discursos de praxe e, depois, um jantar festivo realizado na casa do prefeito, iluminado pela luz de "Paulo Afonso".
Nesta época meu pai participou deste evento.
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