Para aqueles que foram nascidos e criados dentro da política, jamais darão razão ao governador João Azevedo (PSB) quanto à sua fala proferida no início desta semana, quando afirmou que, o candidato natural ao governo do Estado, caso ele [João] se afaste, será o vice-governador, Lucas Ribeiro (PP). O governador disse o óbvio. O problema é que, na política, a sinceridade, nem sempre, pode ser exercida e João, esqueceu de deixar o galo cozinhar.
É saber de todos que, o candidato da preferência do governador, nem é o vice governador, tampouco o deputado estadual Adriano Galdino (Republicanos). Se pudesse, João indicaria Deusdete Queiroga (PSB). Como não pode e deseja ser senador, terá de engolir Lucas atravessado: é melhor engolir do que cuspir. Correndo por fora, Adriano imaginava que construiria uma candidatura competitiva que iria se impor à vontade do chefe. Ledo engano.
Candidato da camarilha, Galdino, alimentado pelos interesses vários de seus pares na Assembleia Legislativa, acreditou que emplacaria seu nome, mas tomou o bonde errado. Basta ver que nenhum deputado acorreu em seu socorro, ninguém discordou do governador, ninguém contestou sua fala e, Adriano ficou conversando sozinho. Na política é assim, os interesses individuais falam mais alto e, poucos são os que têm a coragem de largar osso em benefício de terceiros.
Para o deputado, restam agora dois caminhos: aderir à oposição (já foi até convidado) para arriscar ser rifado de novo ou, submeter-se à realidade das coisas, botar a viola no saco e aguardar o que pode sobrar para ele. No intrincado da política paraibana do momento, João é refém da coligação que fez, em 2022, para viabilizar sua reeleição e, agora, não tem como fugir disso. Já para Adriano, que alimenta uma pré-candidatura sem apelo popular, resta se conformar. A política é a arte da hipocrisia.
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