ODE

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Antologia dos Construtores de Princesa

 

De hoje a um mês estarei lançando o meu próximo livro, intitulado: Antologia dos Construtores de Princesa. É uma coletânea de perfis biográficos de 80 princesenses ou "princesados" ilustres que contribuíram na construção da nossa municipalidade. A obra é apresentada pelo jornalista princesense, Tião Lucena, prefaciada pela também conterrânea, Mariângela Sitônio Wanderley e com "orelha" escrita pelo acadêmico Aldo Lopes de Araújo.

O evento terá lugar, a partir das 20h00 do dia 18 de julho próximo, nas dependências da Academia Princesense de Letras e Artes - APLA, no Palacete dos Pereira, à Praça Epitácio Pessoa, em Princesa. Esse trabalho, fruto de pesquisa acurada que já dura mais de seis anos estará, agora, à disposição dos princesenses e a quem mais possa interessar, pois, além da abordagem biográfica estão inseridos também vários aspectos sobre a História de Princesa. Todos os leitores desta matéria estão, automaticamente, convidados.



O ultimato de Trump

 

Mesmo sem fazer uma declaração formal, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já deu seu veredicto quanto ao destino do Irã: rendição incondicional ou destruição total de seu arsenal nuclear. Não considerando bastante, a potência - via Israel - ameaça também com o fim do regime dos alatolás quando, ironicamente, o presidente americano, diante da ameaça de Benjamin Netanyahu de assassinar o lider supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou: "Eu sei onde ele está escondido".

Em cumprimento de seu intento, Trump enviou para o Oriente Médio, dois super-porta-aviões e caças da Força Aérea Americana para abastecimento, no ar, das aeronaves israelenses. Não bastasse isso, já estão disponíveis também os mísseis antibunker (GBU- 57), arma sofisticada que só os americanos possuem. Assim sendo, somado à adesão das maiores economias do mundo democrático (G-7), está decretada a derrota do Irã que, agora, é uma questão de tempo.



Homenagem a Frei Mariano Estima

 

Frei MARIANO ESTIMA, nasceu em Princesa e foi batizado com o nome de Francisco Alves Estima, a quem chamavam carinhosamente de "Chiquinho". Único filho homem de "seu" Antônio Estima e de dona Júlia Alves, desde cedo foi pelo pai designado para seguir a carreira militar. Esquecido de combinar com o filho "seu" Antônio viu, mais tarde, que Chiquinho tinha mesmo a tendência era de servir a Deus e não ao Estado. Desde cedo o menino demonstrou simpatia pelas coisas da igreja e, à revelia do pai, ingressou no seminário da Ordem dos Carmelitanos, na cidade de Camocim de São Félix/PE, se tornando mais tarde um frade carmelita e tomando o nome de freiMariano. 

Foi vigário de algumas paróquias da cidade do Recife e trabalhou muito tempo na cidade de Goiana/PE. Em 1978, realizou seu sonho quando foi designado para chefiar a paróquia de sua terra, Princesa, quando aqui ficou, na qualidade de vigário paroquial, até 1987. Nesse ministério, teve um papel mais pastoral do que político. Era, Mariano, aquele Cura que estabelecia contato com as pessoas, sempre de forma simples, alegre e carinhosa. Terminada sua missão em Princesa, frei Mariano retornou ao Recife, onde faleceu, vítima de diabetes, em maio de 2001. Foi o segundo vigário mais longevo da paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho, perdendo apenas para o também princesense, padre Florentino Floro Diniz, que governou a paróquia de 1911 a 1929.



terça-feira, 17 de junho de 2025

STF acaba com julgamentos de contas de prefeitos pelas Câmaras de vereadores

Acabou a farra dos prefeitos manipuladores. Agora, se as contas dos gestores municipais forem reprovadas pelos Tribunais de Contas dos Estados, o veredicto permanecerá e não será mais passível de reforma pelas Câmaras Municipais. Decisão inânime do Superior Tribunal Federal – STF, determinou que, a partir de agora, as contas julgadas pelos TCE não carecerão mais de pareceres dos vereadores.

Antes, quando os prefeitos tinham suas contas reprovadas pelo TCE submetiam, as mesmas contas, ao parecer dos vereadores que, em sua maioria são aliados (ou cooptados) dos prefeitos e, a pedido (ou ordem) destes, reformavam o julgamento dos Tribunais de Contas e “aprovavam” as referidas contas. Era o que valia. Agora, a farra acabou.



Uma guerra necessária?

Não bastassem as guerras da Rússia contra a Ucrânia e o massacre que Israel vem impondo aos palestinos da Faixa de Gaza, agora, mais um conflitou eclodiu no Oriente Médio. Sob o pretexto de defender-se de uma possível destruição total, Israel, desde a madrugada da última sexta-feira (13), promove bombardeiros severos à capital iraniana, Teerã. Em resposta aos ataques, o Irã revida com o envio de mísseis e drones disparados contra Tel-Aviv e Jerusalém. A desigualdade, porém, salta aos olhos.

Israel, uma potência nuclear respaldada pelos Estados Unidos da América, acerta todos os alvos a que se propõe bombardear no Irã. Já o Irã, em desvantagem, dispara contra as cidades israelenses mas, o chamado “domo de ferro”, intercepta mísseis e drones quando pouquíssimos atingem seus objetivos. Pior, é que o objetivo de Israel não é somente destruir o arsenal nuclear do Irã, mas sim, colapsar o regime dos aiatolás que sempre propôs a destruição de Israel.

Há quem diga que o Estado Judeu tem razão, pois, desde 1979, quando o aiatolá Khomeini tomou o poder no Irã, o regime teocrático ali instalado, prega, abertamente, a total destruição de Israel. Para tanto, desde então, o Irã desenvolve intensivo projeto de enriquecimento de urânio para a produção da bomba atômica. Segundo Israel, o processo já se encontra avançadíssimo e, por conta disso, resolveu atacar aquele país sob o pretexto de defender sua própria existência.

Em face disso, não significa ser contra ou a favor dessa guerra. Porém, considerando a situação, faz-se plausível a iniciativa de Israel em defender-se. O problema é que priorizam a violência em detrimento da diplomacia e, no final das contas, quem paga a fatura são os pobres civis indefesos. Exemplo disso são as guerras acima mencionadas: enquanto Putin, Zelenski, Netanyahu, Khamenei, dentre outros, ao fim e ao cabo, escapam ilesos, civis, quando não perdem suas vidas, perdem sua tranquilidade. Existem guerras necessárias?



FRASES FAMOSAS

 

“Quando o governo é formado de homens justos e honestos, o povo vive feliz; mas, quando os líderes de uma nação são maus e desonestos, o povo chora de tristeza”

PROVÉRBIOS 29:2

 

“Um rei justo e honesto ajuda seu país a crescer e viver em paz; o rei que quer ficar rico às custas do povo acaba destruindo sua nação”

PROVÉRBIOS, 29:4

 

“O homem benigno faz bem à sua própria alma, mas o cruel perturba a sua própria carne”

PROVÉRBIOS, 11:17

 


segunda-feira, 16 de junho de 2025

Na Paraíba, especulações dão o tom das conversas políticas

 

Uma fonte altamente credenciada nos meios políticos paraibanos me informou que tudo o que se noticia sobre a formação de chapas para concorrerem às eleições majoritárias do próximo ano são meras especulações. Nada ainda está firmado, seja no grupo da situação ou no lado das oposições. Segundo essa fonte, tudo só se configurará plausível após a janela partidária para a mudança de partidos, o que somente ocorrerá entre 6 de março e 5 de abril de 2026. Por enquanto, tudo não passa de conversa fiada.

No caso da situação, quando três partidos (PSB, Republicanos e Progressistas) reivindicam vagas na chapa majoritária alguém, obviamente, sobrará na curva e, por conta disso, deverão ocorrer mudanças de partidos. O prefeito da capital, Cícero Lucena (PP) que é o líder nas pesquisas de intenções de votos já disse que não abre mão. O presidente do Republicanos, deputado Hugo Motta, afirmou que seu partido não será coadjuvante. Em face disso, o governador João Azevedo (PSB), natural coordenador do processo, continua vestido numa saia justíssima.



Termos antigos e/ou desusados

 

Dada a riqueza do nosso vernáculo, o que se acentua com a constante evolução da nossa língua, quando termos antigos passam a ser desusados e outros novos se inserem no vocabulário - muitas vezes por força das transformações tecnológicas e da natural modernidade das coisas -, palavras são substituídas ou, simplesmente, esquecidas no tempo restando apenas no registro dos dicionários; outras, inventadas ou corrompidas pelo regionalismo, continuam sendo usadas quando queremos dar alguma graça ao modo de falar. Com o intuito de resgatar algumas dessas expressões e trazer para os mais novos, apresentamos aqui algumas palavras e termos que, por serem vítimas desse movimento natural, são hoje desusadas ou pouco usadas e, em sua maioria, completamente desconhecidas para os que fazem parte desse novo tempo cibernético.

São termos essencialmente nordestinos e que soam engraçados:

Água-quebrada-a-frieza - Agulha de Radiola - Agonia - Aleijado - Alfenim - Alforje -

Almocreve - Almofadão - Anágua - Andaço - Antena Pé-de-galinha - Apá - Aparador - Aparelho (vaso sanitário) - Aperreio - Arear panelas - Arenga - Aribé - Aritendel -

Arquejando - Arredar - Arrotar - Arupemba - Atajé - Atavio.

Balaio - Balão-de-oxigênio - Banha de Galinha - Banho-de-assento - Banho-de-cuia - Barbeiro - Barbicacho - Barelado - Batata da Perna - Bateria de Cozinha - Batina - Baú

- Bedel - Beliscão - Bibelô - Biqueiro - Biloura - Biscuit - Bobes (de cabelo) - Bodega - Boga - Bola-de-assopro - Bola-de-gude - Bolacha - Bolacha do Joelho - Bolachas Sortidas

- Bolandeira - Boleia - Bolero (vestuário) - Bolo de caco - Bolo Doce (baile popular) - Botina - Brabo (madeira) - Braço encanado - Braiar - Breguesso - Brilhantina - Brincar de Roda - Brincar do Lema - Broa - Broiar - Brôco - Brôto (moça) - Bruaca - Bruguelo -

Bufar - Bufete - Bule - Bulir - Burralho - Busuntão.

Cabeça d'água - Cabelo Ruim - Cabide - Cabidela - Cabilôro - Cabriolé - Cachete -

Cachimbo - Cachipô - Cachorro Doido - Caco (frigideira) - Caçuá - Cadeira de Igreja - Caduquice - Cafuné - Caganeira - Caiar - Caixeiro Viajante - Calça boca-de-sino - Calça

Curta - Calça de cáqui - Calção - Calçola - Caliça - Califom - Calunga - Cama de Campanha - Cambito - Camisa de Meia - Camisa de Vênus - Camisa Volta-ao mundo - Camisola - Candeeiro - Caneta Tinteiro - Cangalha - Canivete - Cansanção - Cantiga - Capacho - Capadócio - Capilé - Capirôto - Capote - Capucho - Carestia - Caritó - Carne

Verde - Carrapeta - Carretel - Carretilha - Carro de Passeio - Carrossel - Casa de Taipa

- Casinha (banheiro) - Catacumba - Catapora - Catatau - Catrapuço - Catrevagem - Cavaco Chinês - Cavalo-de-pau - Cavilação - Ceia - Ceroulas - Chaleira - Cheque - Chinela Japonesa - Chiquito - Chuvisco - Cocó - Cocô - Cocorote - Colapso - Colar -

Colchão de Capim - Colchão de Mola - Colher de Pau - Combinação - Confeito - Conforto - Conga - Conjunto Musical - Console - Cordão de ouro - Corisco - Corpete - Corpo Aberto - Corpo Fechado - Costa Nua - Costeleta - Cristaleira - Crote - Cruviana

- Cú de Apito - Cú de Mochila - Cú de Suvela - Cueca Samba-canção - Cueiro - Culote -

Cumbuca - Cumemo - Cururu. Dar bandeira - De-comer - Dedal - Dengo - Dente-de-leite - Dente de Ouro - Dente

Queiro - Descansar (parir) - Despertador - Detefon - Dever de Casa - Difruço - Difusora

- Disco de Vinil - Doce-lanche - Doença de Menino - Donzela - Dor de Barriga - Dor de

Viado - Dordói - Drágea - Drama de Circo - Debrum.

Echarpe - Elemento para rádio - Em-riba - Embrulho no estômago - Encabulado - Enceradeira - Engomar - Engrossante - Enxó - Enxoval - Enxovalhado - Escapulário - Esmoler - Espartilho - Espingarda de fecho - Espinhela caída - Esplamacete - Estafeta

- Estojo - Extrato (perfume).

Fenemê - Ferida braba - Ferreiro - Ferro de Engomar - Filme Faroeste - Fiós - Fita

Cassete - Flerte - Fogão de Carvão - Fole - Forja - Fortificante - Fotonovela - Franginha

- Frango (gay) - Frasco - Frasqueira - Fresco (gay) - Friso de cabelo - Fruteira - Furico -

Furunfar - Fusca.

Galalau - Gaitada - Galinha Assada - Galinha de Granja - Gamela - Gargantilha -

Gargarejo - Garrafa Automática - Gasosa - Gastura - Gemada - Gibi - Girau - Gogó -

Gorar - Goteira - Gramofone - Grampo de cabelo - Gravador - Grinalda - Grude (cola) -

Grugumi - Grupo Escolar - Guarda-comida - Guarda-louça - Guloso.

Incômodo (doença) - Impingem.

Jogo de Bila - Jogo do Anel - Jogral - Judiar - Juju.

Kichute.

Lambedor - Lambreta - Lançadeira - Lançar (vomitar) -Lancheira - Landra - Lápis

Comum - Laquê - Laranja Cravo - Latrina - Lavatório - Leite de Onça - Leite Moça -

Lenço - Lerdo - Leso - Libame - Liforme (paletó) - Língua de aço - Locutor.

Macaco Velho - Madorna - Mãe-do-corpo - Magote - Malacafento - Malassada - Maleta

- Malinar - Maluvido - Mandapulão - Maneira (de vestido) - Mangaio - Manicunia -

Máquina de Escrever - Máquina de Moer Milho - Máquina de Pé - Maria Chiquinha - Maria Fumaça - Mariola - Marmita - Marrafa - Massa Puba - Medalhão - Meia-calça - Meia-parede - Meizinha - Menina-moça - Menino-novo - Mercearia - Mictório -

Mingau - Miss Brasil - Moça Perdida - Moça Velha - Mode - Monturo - Mosquiteiro -

Muxicão - Mulher da Vida - Mucumbu - Murim - Muruanha - Mutulia.

Novena.

Oitão - Orelhão.

Palmatória - Panadiço - Panela de Barro - Pão (rapaz) - Pão Aguado - Pão Crioulo - Pão de Milho - Papa - Papeira - Papeiro - Papel Almaço - Papel Carbono - Papel Crepom - Papel de embrulho - Parapeito - Parede-meia - Passamento - Pasta de Dente - Pau de Sebo - Pau-de-arara - Pechincha - Pega Rapaz - Peixe Graúdo - Peixeira - Penca - Penico - Pente Fino - Penteadeira - Pentelho - Pêra de luz - Pereba - Pestana -Petisqueira - Pilão - Pincenêz - Piola - Piongo - Piquenique - Pirex - Pisa (surra) - Pitéu

- Pixoca - Pneu de Suporte - Pó de Arroz - Ponche - Porta-chapéus - Porta-seios - Pote de Barro - Preguiçosa.

Quartinha - Quebra-galho - Quebra-queixo - Queda de Rede - Queira-de-meninos -

Quenga - Querosene - Quipa - Quizila.

Rabicho Acochado - Rabo-de-saia - Radiola - Radinho de Pilha - Rafaméia - Rapaz Alegre

- Rapé - Reclames - Relancim - Relógio de Algibeira - Resguardo - Retrato - Ri-ri -

Rodilha - Roleta (briga) - Rolete de Cana - Rouge.

Sábado de Aleluia - Sabão da Terra - Saboneteira - Saia de Armação - Saia Plissada -

Sapateiro - Seboso - Sentinela - Serafina - Silo - Sombrôço - Sote - Surdina - Suvela.

Tabaqueiro - Tabefe - Telegrama - Terém - Terreiro - Tibe - Timão - Tipóia - Titela - Toicim - Tomara-que-caia - Tomar tenência - Torrado - Trambêi - Tramela - Trancelim

- Tranchinchim - Traquinar - Trave de Janela - Treissol - Trena - Trim - Trinco - Trunfa

- Trupé - Tubiba - Tubim.

Urinol.

Varanda - Velocipede - Vitrola.

Xale - Xalina - Xixi.

Zabumba.



domingo, 15 de junho de 2025

Pré-candidato a deputado federal, Fábio Tyrone, recebe apoio de liderança em Tavares

 

Com o intuito de fazer-se também representante da região polarizada por Princesa, o pré-candidato, Fábio Tyrone (ex-prefeito de Sousa/PB por três mandatos) acaba de receber o apoio do ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Tavares, Édson Cordeiro. O compromisso foi firmado ontem, (14) na cidade de Tavares. Tyrone, que já tem o apoio do ex-prefeito de Princesa, Dominguinhos, agradeceu o apoio de Édson e reafirmou seu compromisso: "Com o apoio de pessoas que desejam o melhor para a nossa Paraíba, vamos construindo, passo a passo, um projeto sólido, comprometido com o povo", afirmou Tyrone.



sábado, 14 de junho de 2025

Manito, Gerson Patriota e o aritendel

Certo dia, Manito, muito espirituoso e engraçado, estava observando os trabalhos da construção da “Praça da Estrela”, obra realizada pela administração de seu tio, o prefeito Antônio Nominando Diniz. Acompanhado pelo correligionário Gerson Patriota que, além de curioso de obras, tinha também a fama de sabe-tudo, este, preocupado com a grande quantidade de lama que deveria ser removida daquela lagoa para que pudesse ser construída a “Estrela”, perguntou ao Mestre de Obras, Batista de Nequinho: “Diga-me uma coisa Batista, como farão para retirar essa lama toda, será no braço?” Manito, postado ao lado, antecipou-se ao chefe dos trabalhos e disse: “Ah, Gerson, esse serviço vai ser feito com o Aritendel”. Aí Patriota assentiu, em tom de convencimento e observou: “Ah, com o Aritendel é outra coisa!” Manito, já rindo, virou-se para Batista de Nequinho, Mestre de Obras, que estava ao seu lado e perguntou: “Batista, que diabo é Aritendel?” O Mestre respondeu por cima do ombro: “Eu sei lá o que é isso. Tu que inventaste deves saber!”                               


SABÁTICAS

. Em depoimentos, no início desta semana, os réus acusados da tentativa de golpe de Estado, simplesmente, disseram que não sabiam de nada, nada fizeram e que tudo era invenção do tenente-coronel Mauro Cid.

. O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, disse que a minuta do golpe apareceu em sua casa por acaso e que não sabe quem “botou isso lá”, e que sequer leu.

. Já o ex-ministro chefe do GSI, general Augusto Heleno, recusou-se a responder as perguntas do ministro Alexandre de Morais e ateve-se a responder somente às perguntas de seu advogado.

. O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro disse que, aqueles que pediam intervenção militar nas ruas, eram uns “malucos”. Na verdade, são verdadeiros babacas que, incentivados antes, agora veem-se abandonados pelo chefe que tanto os instigou.

. Não bastasse isso, o “bôzo”, em seu depoimento, fez gracinhas com o ministro Alexandre de Morais quando o convidou para ser seu vice em 2026. O ministrou, é claro, declinou do convite.

. No entanto, os mesmos babacas que odeiam “Xandão” ficaram com a cara pra cima: enquanto fazem coro às críticas do ex-presidente contra o ministro veem o mesmo Bolsonaro fazer gracinha tentando agradar aquele a quem considera seu algoz. Bem feito!

. Um leitor deste blog me questionou sobre o que eu considero sejam: Democracia e golpe de Estado. Vamos lá. Democracia é o direito que o povo brasileiro teve de eleger um maluco, golpista e irresponsável. Golpe de Estado é quando o cara perde a eleição e quer continuar no poder. Pronto.

. Já nos Estados Unidos da América, o presidente Donald Trump, com seu comportamento autoritário, abala os alicerces da maior democracia do mundo. No início desta semana, por conta dos protestos contra a perseguição aos imigrantes, um senador da República foi algemado por fazer perguntas a uma juíza numa Audiência Pública.

. Israel ataca o Irã. O Irã revida os ataques e isso deixa o mundo na expectativa da escalada de um conflito mundial. Tudo isso com o conhecimento e a anuência do presidente Donald Trump.

. Em protesto contra esses ataques. O presidente russo, Vladimir Putin, disse que isso “viola a Carta das Nações, a soberania do Irã e o Direito Internacional”. É muita cara-de-pau!

. No início desta semana que se finda, o jornalista princesense, Tião Lucena emitiu, em seu blog, uma notinha dando conta de que é iminente o rompimento de um prefeito do sertão com o ex que o elegeu. Quem será?

. E a AIJE que julga irregularidades nas eleições municipais de Princesa, mesmo com o novo Promotor de Justiça já empossado, continua parada.

. Remédio que é bom, nos Postos de Saúde, nem pensar. Na última quarta-feira (11), uma mulher ligou para este blog afirmando que procurou seu Posto de Saúde e a Secretaria de Saúde em busca de medicamentos que toma regularmente e não encontrou nenhum em nenhuma das duas instâncias.

. Enquanto exigem do Governo severos cortes de gastos, os deputados federais, do PL ao PT, apresentaram Projeto de Lei permitindo que sejam possível acumularem salários com aposentadorias e criando uma Gratificação Natalina para eles. Farinha do mesmo saco.

. Os abraços de hoje vão para: Coimbra Maia, Pedro de Waldemar, Bidiça, Arsênio de Pai Zé, Creusa de Damião, Alexandre Carlos, Antônio Mestrinho, Lula de João de Tertú, Neno França, Rael do Bar, Toinho Fernandes, Sônia de Aparício, Bebé de seu Inhês, Mané de Toró, Socorro Maria Mandú, Zé Nominando e Cristina de Telô, Arnaldo de Zé da Laje, Toilma de Beto do Correio, doutor Dedé, Liu de Maria do Leite, doutor Zoma e Jucelma, Marconi Campelo, Fábio Arruda, Luiza do Peixe, Richomer Barros e Dunga de Luís Dedinho.



sexta-feira, 13 de junho de 2025

Mais um livro que trata da Guerra de Princesa

 

"A Revolução de 30 Nos Municípios da Paraíba" é o título desse livro que cuida de informar sobre vários aspectos referentes à Revolução de 1930. Uma obra da iniciativa da Secretaria Estadual de Educação em parceria com a Academia Paraibana de Letras, sob a organização do professor, Francelino Soares de Souza e do historiador, José Octávio de Arruda Mello, é leitura necessária para aqueles que se interessam pela História. Na verdade, como veremos, é uma coletânea de 28 depoimentos que respondem a várias indagações sobre a manifestação do "outubrismo" em vários municípios paraibanos da época.

Conforme informa o historiador José Octávio: "Essa coletânea enfileira questões inteiramente novas" em 22 localidades, inclusive Princesa, claro e, nessa coletânea, encontramos artigos escritos por três princesenses: Thiago Pereira de Sousa Soares (pp.259 a 267); Domingos Sávio Maximiano Roberto (pp. 269 a 274) e Emmanuel Conserva de Arruda (pp. 281 a 284). Na página 286, José Octávio, em releitura do trabalho da historiadora princesense, Serioja Mariano: "Signos em Confronto - o Arcaico e o Moderno na cidade de Princesa na década de 1920" ', pontua: "Trata-se de um livro sério em que o apego à terra não oblitera colocações criteriosas e consequentes" 

O livro, lançado recentemente, está à venda na Academia Princesense de Letras e Artes - APLA. Segundo seus organizadores: "Este trabalho não deve motivar exaltações e/ou elogios fáceis, mas estudos e interpretações, como as asseguradas por esta obra da iniciativa da Secretaria de Educação Estadual e da Academia Paraibana de Letras" . Na parte final do livro, os organizadores elencam os vários trabalhos publicados sobre a Revolução de 1930, numa resenha bibliográfica que inclui os princesenses: Aloysio Pereira, Paulo Mariano, Sebastião Lucena e Serioja Mariano. Leitura indispensável.



Santo Antônio, o Santo Casamenteiro

 

As chamadas Festas Juninas celebram três Santos: Antônio, João e Pedro. No Nordeste brasileiro são comemorados, esses Santos, nos dias 13, 24 e 29 do mês de junho, respectivamente. São as festas mais tradicionais da região e, todas elas, cheias de significados. Dessa tríade, comemora-se, hoje, o Dia de Santo Antônio: "O casamenteiro" e protetor dos achados e perdidos. As homenagens incluem novenas, fogueiras, danças, fogos de artifício e comidas típicas.

Santo Antônio tem uma peculiaridade que o diferencia dos outros porque é o santo que protege as solteironas. Antigamente, quando o casamento era uma instituição de respeito e buscada por quase todas as moças ditas de "de bem", estas, no dia 13 de junho, faziam promessas e rezavam novenas em 13 altares diferentes (distribuídos pelas casas de residência), pedindo ao Santo, a graça de um marido.

Outro segmento; o dos que perdiam objetos, recorriam ao Santo para achá-los e faziam todo tipo de mandinga para tanto, inclusive, amarravam a imagem de cabeça para baixo até o objeto perdido aparecer. Para pedir chuva, era comum roubar uma imagem de Santo Antônio que somente seria devolvida depois do primeiro trovão. Independente das manifestações, a devoção é muito forte aqui no Nordeste e, a data a ele consagrada, se refere ao aniversário de sua morte em 13 de junho de 1231, ou seja, há 794 anos!



quinta-feira, 12 de junho de 2025

Senador Efraim Filho participa de Simpósio em Brasília

 

Atendendo sugestão do senador Efraim Filho (UB), foi realizado, nesta terça-feira (11), o Simpósio Liberdade Econômica. Idealizado pelo parlamentar paraibano, o evento aconteceu, em parceria com a Vector Consultoria em Relações Institucionais, consolidando a marca de ser um dos principais fóruns de debate sobre caminhos que impulsionem o desenvolvimento econômico e a desburocratização de processos no Brasil.

Para o senador, que é o presidente da Frente Parlamentar do Comércio e Serviços, a iniciativa cumpre um papel estratégico e necessário: "A liberdade econômica é um princípio do qual o Brasil não pode abrir mão. Temos que ultrapassar um tripé nefasto que é obstáculo à competitividade nacional: o Custo Brasil, a insegurança jurídica e a complexidade tributária", disse o senador. Presentes ao evento estiveram, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo e o presidente da Câmara Federal, Hugo Motta.



Dia dos Namorados

 

No Brasil, o Dia dos Namorados é comemorado no dia 12 de junho. Esta data está consagrada aos amantes desde o ano de 1949 quando uma agência de propagandas, num forte apelo comercial de incentivo aos casais para trocarem presentes, com o slogan: "Nem só com beijos se prova o amor", criou a efeméride para vender presentes. A moda pegou e, desde então, a data impôs-se no calendário nacional. 

Em que pese estar em baixa o romantismo quando os namoros deram lugar ao "fica" neste Dia dos Namorados, aproveito para homenagear os casais apaixonados e também um amigo que partiu há mais de um ano e que viveu toda sua vida em fazer ode ao amor. Não somente ao amor de paixão, mas também ao amor fraterno, familiar e de amizade sincera. Manoel Galdino (1959-2024), poeta que era, deixou esses dois versos, em decassilabo, que falam de amor:

ENCONTRO...

Não se iluda nunca com a paixão Porque ela é bastante traiçoeira

Já sofri várias vezes de bobeira

Por querer acreditar numa ilusão

Mas agora botei no coração

Que de muitos amores que vivi

E de outros tantos que perdi

Eu não mais quero prêmio nem troféu

Pois se Deus me chamar pra ir pro céu

Eu prefiro ficar com ela aqui

...DESENCONTRO

Um certo dia, eu, voltando pro passado

Vi que o tempo passou rapidamente

Eu vi um filme passar na minha mente

Num breve encontro de um amor fracassado

Até confesso que fiquei arrasado

E de meus olhos uma lágrima rolou

Eu disfarcei, e ela disfarçou

Então sai num afã de tristeza E foi aí que eu tive a certeza Que nesse instante ela também chorou



quarta-feira, 11 de junho de 2025

As oitivas dos santos-do-pau-oco

Desde segunda-feira até ontem (10), foram ouvidos os depoimentos do chamado “núcleo crucial”, formado por réus acusados de tentativa de golpe de Estado, dentre outras imputações. As oitivas ocorreram no Plenário da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal - STF e, os inquiridores, foram o ministro Alexandre de Morais e o procurador geral da República, Paulo Gonet.

Na ocasião, prestaram depoimentos, pela ordem: o tenente-coronel Mauro Cid; o deputado federal, Alexandre Ramagem; o almirante Almir Garnier; o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; o general Augusto Heleno; o ex-presidente Jair Bolsonaro; o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da casa Civil, Walter Braga Netto.

Num verdadeiro festival de mentiras, todos os inquiridos faltaram com a verdade, o que lhes é permitido para que não produzam provas contra si mesmos. Na verdade, um procedimento proforma, uma vez desnecessário em face da robustez das provas materiais. Aliás, de acordo com análises várias emitidas por juristas, seus depoimentos mais os incriminaram do que os defenderam.

Mauro Cid corroborou tudo o que disse em depoimentos anteriores. Alexandre ramagem negou tudo. Augusto Heleno recusou-se a responder perguntas do ministro Morais e ateve-se a responder às perguntas de seu próprio advogado. Almir Garnier desmentiu colegas de armas. Anderson Torres, escorregadio, saiu pela tangente. Paulo Sérgio e Braga Netto desmentiram Mauro Cid. Pareciam uns “santos” que nunca pecaram. Na verdade, santos-do-pau-oco.

Já o ex-presidente Jair Bolsonaro, aproveitou para discursar aos seus “devotos”, fez-se de vítima, proclamou que, golpe de Estado, é algo “abominável” e que, mesmo diante das evidências, afirmou que nunca pensou em promover uma ruptura institucional e que sempre agiu dentro das quatro linhas da Constituição. Etapa cumprida, diante desses procedimentos não convincentes, agora, o STF procederá às últimas etapas do julgamento que tem previsão para encerrar em setembro próximo.



terça-feira, 10 de junho de 2025

Especulações movimentam a política na Paraíba

 

Ontem (9) foram veiculadas notícias dando como certa a composição da chapa majoritária do grupo situacionista para a disputa das eleições do próximo ano (2026). A despeito do que poderia ser verdade, tudo não passa de especulações com o intuito de confundir ou de gerar dissensões no seio político. São notícias plantadas que atendem aos interesses de alguns que veem fugir as possibilidades de êxito numa composição que mais lhes seja favorável.

Na verdade, nada está ainda acertado, pois, são quatro grupos políticos que, embora se digam aliados, se digladiam em busca das melhores posições na composição da chapa majoritária. No quadro pintado pelas especulações, Lucas Ribeiro (PP) figura como candidato à reeleição para governador; Adriano Galdino (Republicanos) como candidato a vice-governador; João Azevedo (PSB) para a primeira vaga de senador e, Nabor Wanderley, para a segunda vaga à Câmara Alta.

Nessa pseudo-composição, ficaria de fora o líder nas pesquisas para governador, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), o que não seria de bom alvitre para aqueles que imaginam conciliar os interesses do momento. Daí depreendermos que esse tipo de movimento só prejudica o processo. Uma fonte fidedigna na capital me informou que a realidade é bem outra, e foi taxativa: "João não sai e, nesse caso, o candidato a governador é Cícero". Entendi. É por isso que mesmo diante dessas especulações, o cavalo não deu coice.



Prefeitura de São José de Princesa realiza Palestra sobre Turismo

Será na próxima sexta-feira (13), a partir das 14h00, no Plenário da Câmara Municipal de São José de Princesa, a realização de uma Palestra de Sensibilização sobre Governança Turística. Esse encontro tem como objetivo mobilizar profissionais, empreendedores e representantes locais do turismo, fortalecendo a articulação entre os atores do setor, ampliando o entendimento sobre programas e ferramentas disponíveis, e promovendo uma atuação alinhadas às políticas públicas nacionais de turismo.

Essa iniciativa, que tem total apoio do prefeito Juliano Matuto, vem corroborar o empenho daquele município em promover, cada vez mais, as expressões histórico-culturais desse importante município paraibano. São José, um verdadeiro celeiro de História, nessa profícua administração, vem dando especial atenção ao turismo o que, através desse incentivo, vem resgatando valores de grande importância para o desenvolvimento cultural de toda a região.



A novela do golpe

 

Desde ontem (9) cumpre-se mais um capítulo da "novela do golpe" quando começaram a ser colhidas as oitivas dos réus do chamado "grupo crucial" dos acusados da tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito no Brasil. Ontem, foram ouvidos dois dos acusados: o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal, Alexandre Ramagem. Até a próxima sexta-feira (13) deverão ser ouvidos os demais, inclusive o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.

Já não era sem tempo que esse processo tomasse rumo. Já que as evidências da tentativa de golpe de Estado saltam aos olhos, nada mais plausível e necessário do que dar um andamento célere a esse julgamento para por um fim nisso e fazer voltar a paz à nação brasileira. Na verdade, o ambiente golpista instalou-se, no Brasil, desde a posse do então presidente Jair Bolsonaro. Resta agora que o empenho da Justiça ponha as coisas em seus devidos lugares e, os culpados, na cadeia.



segunda-feira, 9 de junho de 2025

A Freira e o quinto Pecado Capital

 

A cidade era Cajazeiras, na Paraíba e o ano era 1972. Ali, existia um Convento de Freiras da Ordem das Dorotéias - Congregação fundada em 1834 por Santa Paula Frassinetti. Vizinho ao Convento, num prédio simples, funcionava uma Escola para moças que era administrada pelas irmãs Dorotéias. A Escola era particular, tocada por oito freiras sob a direção da madre superiora, uma italiana, chamada sóror Benigna Matteo. Dentre essas religiosas estava a sóror Helena, a quem suas coirmãs chamavam carinhosamente de "irmã Lena" , que era a Secretária Administrativa da Escola.

Irmã Helena, que tinha o nome civil de Adalzira Domiciano, era uma mulher de aproximadamente 35 anos de idade, morena clara, de baixa estatura e de relativa beleza. Olhando para a religiosa, apesar da pesada indumentária (o hábito), se observavam traços de um corpo sinuoso e ela, em constante alegria - mesmo no recatamento que sua condição exigia - se fazia muito simpática e comunicativa. No exercício da função de Secretária da Escola a freira era muito eficiente e tratava a todos com extrema educação, presteza e respeito.

Malgrado ser aquela uma Escola só para moças, alguns jovens do sexo masculino frequentavam-na quando do acontecimento de jogos, gincanas, apresentações folclóricas ou atos religiosos. Essa mistura de gêneros foi a desgraça da irmã Helena. Elenildo Macena era um desses jovens que sempre compareciam aos eventos daquela Escola. Rapaz bonito, contava 18 anos de idade, alto, moreno, bem feito de corpo, inteligente e, porque não dizer, muito interesseiro. Embora com sobrenome nobre, Elenildo, que tinha o apelido de "Nildo", era pobre. Filho de um fotógrafo lambe-lambe e, no afã de "ser gente", vivia à espreita de uma oportunidade para adentrar ao concerto dos ricos, dos chamados "bem de vida".

Num desses eventos, Nildo conheceu a sóror Helena e logo encetaram amizade. Tanto ele quanto ela gostavam de ler e de ouvir música e foi este o canal inicial para uma aproximação mais efetiva. Começaram trocando livros e discos de vinil e, por conta desse entrosamento o rapaz começou a comparecer com frequência à Secretaria da Escola. Ali discutiam assuntos literários e ouviam, numa velha vitrola, a execução de músicas em discos de vinil. O tempo foi passando - para eles muito rapidamente - e a amizade foi aumentando. Logo, Elenildo se interessou em aprender datilografia e, a freira, muito solícita, disponibilizou-se em ensinar-lhe.

Na sala em que funcionava a Secretaria, além de uma grande estante com vários livros e do móvel que acondicionava a velha vitrola, existiam dois birôs, algumas cadeiras, fichários e uma pequena mesa que servia de suporte para uma máquina de escrever. No centro da parede frontal à porta de entrada, dois quadros emoldurados: um com o retrato da santa Paula Frassinetti e, outro, retratando o Sagrado Coração de Jesus. Já demonstrando alguma intimidade com o jovem mancebo, irmã Helena - que o chamava pelo apelido, Nildo - comepou a ensinar ao rapaz o oficio de "bater máquina". Para tanto, a pequenina freira debruçava-se sobre as ombras de Nildo este, sentado a uma cadeira, e, no mais das vezes, estendia suas próprias mãos em auxilio no dedilhar das tedias

la havia um achegamento emocional entre os dois. No entanto, essa aproximação física foi o estopim para a deflagração de perigoso sentimento, acendeu-se uma fogueira que culminou num namoro proibido o que provocaria, mais tarde, grande escándalo na coade de Cajazeiras Aulas interminaveis eram ministradas pela religiosa e, Nildo, nada aprendia. Porem, nesse roçar de corpos, acendeu-se a chama do desejo carnal. Quando sozinhos, na Secretaria, beijavam-se efusivamente e, no intervalo para o almoço aproveitavam o deserto de pessoas para a consumação de abrasivos atos sexuais. Irmã Helena estava completamente apaixonada por Elenildo, e este, a lhe corresponder na virilidade que cabia a um jovem recém-saido da adolescência. Estavam juntas aí a fome com a vontade de comer.

Cega de paixão, a freirinha não se deu conta de que já pairavam suspeitas quanto a essa estranha "amizade" entre uma religiosa e um jovem rapaz, o que a fez incapaz de perceber o que ja se evidenciava aos olhos dos que frequentavam o mesmo ambiente. Em face disso, sem poder dizer se foi proposital, certo dia, uma das professoras da Escola, dona Nilda Lulú, durante o intervalo do primeiro horário, resolveu chegar mais cedo e dirigiu-se à Secretaria a fim de pegar uma caderneta. Adentrou ao recinto sem bater na porta e qual não foi sua surpresa ao deparar-se com a irmã Helena e Nildo abraçados, beijando-se na boca. O escândalo estava feito.

Diante dessa cena, dona Nilda, horrorizada com o quadro, soltou um grito: "Meu Deus do Céu! O que é isso?!" Mais do que depressa a sóror se recompôs colocando de volta o veu à cabeça e foi logo rogando, aflita: "Nilda, pelo amor de Deus, você não viu nada..." Implorou a desventurada freirinha. "Vi sim, irmã, vi sim! E vou comunicar à madre superiora. Isso é uma pouca vergonha! Onde ja se viu uma freira dependurada nos beiços de um rapaz? E olha o estado dele - apontando para as partes baixas do jovem - isso é um escándalo!" Dito isso, a professora Nilda retirou-se do recinto.

Aos prantos, a freira recomendou a Nildo que fosse embora dali e a deixasse entregue à própria sorte. Atordoado, mas sem demonstrar qualquer reação em apoio à desvalida amante, Elenildo escapuliu. Em seguida, adentraram à sala a madre Benigna Mattea acompanhada de mais duas irmãs e da professora Nilda. De forma peremptória, a superiora foi logo arguindo: "Helena, o que aconteceu aqui?" Ao que, chorando, completamente decaida e, de forma humilde, a desditosa religiosa respondeu: "Tudo e nada, madre. Eu já não sou mais nada e, como disse o Pai: Em suas mãos, eu entrego o meu espirito*. De um rompante, madre Benigna aproximou-se da irma Helena e arrancou-lhe o véu que lhe cobria a cabeça, dizendo, aos gritos: "Arrumes tuas tralhas e sumas daqui! Não nos envergonhes mais! Tu não fazes mais parte da nossa irmandade. És a vergonha da nossa Congregação, rua!!! 

Naquele tempo era assim, nos conventos de freiras era intolerável a luxúria. Se nos conventos e mosteiros onde habitavam padres e irmãos professas a concupiscência era tolerada quando os superiores, bispos e até o Papa, faziam vistas grossas - mesmo que essa prática fosse a sodomia -, nas Casas de Religiosas isso era inadmissível e punido com imediato desligamento da religiosa infratora. Salvo no recôndito das clausuras, entre si, não podiam as irmãs cometerem o pecado da carne. Foi assim com a irmã Helena que, sem chances sequer de pedir perdão quando vítima do desejo desenfreado, sucumbiu ao pecado de amar e viu-se execrada de seu meio obrigada a sair, com uma mão na frente e outra atrás carregando, para sempre, essa vergonha de haver infringido o quinto pecado capital.

Depois desse escândalo, o que repercutiu negativamente por toda a cidade, a sóror deixou de ser Helena, voltou a ser Adalzira e foi embora de Cajazeiras em busca de sua família que residia em uma comunidade rural de Princesa, também na Paraíba. Elenildo passou algum tempo em Cajazeiras, encetou namoro com uma moça da alta-roda da sociedade cajazeirense e, de novo, impedido de levar em frente seu intento de adentrar no meio dos ricos, resolveu evadir-se de sua terra e foi tentar a vida no Recife onde conseguiu formar-se médico e contrair matrimônio com uma famosa jornalista. Constituiu família e, hoje, aposentado, conta sua história aos netos. Adalzira, tal qual uma "Madalena arrependida" ", após perder o hábito e o amor de Nildo, foi-se embora para o Rio Grande do Sul e dela não se teve mais notícias; desapareceu para séculos sem fim, amém. O pecado do amor fez somente uma vítima.



sábado, 7 de junho de 2025

SABÁTICAS

. De acordo com o IBGE, o número de católicos no Brasil diminuiu. Em 1872 99% dos brasileiros eram católicos. Hoje, o percentual é de apenas 56,7%. Enquanto isso, os evangélicos, que já somam 26,9%, crescem. Tarefa para o novo papa Leão XIV.

. Já os sem religião somam 9,3%. Nesse caso, nem o Papa...

. Do Holocausto dos judeus, durante a II Guerra Mundial, ninguém sabia. Da fome e do genocídio dos palestinos em Gaza, todo mundo sabe e não faz nada. Só mudou o “anticristo”. A tragédia é a mesma.

. O presidente Lula foi agraciado, em Paris, com uma Medalha de Honra. Essa láurea, ao longo de 400 anos, somente foi concedida, até hoje, a 19 chefes de Estado. Do Brasil, somente dois: Lula e o imperador dom Pedro II.

. Acabou o casamento do presidente Donald Trump com o mega empresário Elon Musk. Os egos dos dois inchou demais a não caber mais num mesmo bispote.

. Falar nisso, nos EUA, enquanto Donald Trump prende e deporta imigrantes brasileiros trabalhadores, Eduardo Bolsonaro vive lá, livremente, conspirando contra as instituições democráticas do Brasil.

. A deputada federal Carla Zambelli (PL), condenada a 10 anos de prisão, está foragida na Itália. Enquanto se diz perseguida pelo Poder Judiciário brasileiro, se prepara também para fazer propaganda enganosa sobre a democracia brasileira.

. Falar em deputada, tem uma bomba para estourar no Brasil. Segundo informações sigilosas da Polícia Federal, há mais de 15 deputados federais (inclusive da Paraíba) envolvidos no escândalo do roubo dos proventos de aposentados e pensionistas.

. Alguns dos novos prefeitos - eleitos em 2024 sob a égide dos ex - já estão botando as unhas de fora e engrossando o pescoço em relação ao “criador”. Outros, obedientes, não mandam em nada e também não estão nem aí. A esses, já estão chamando de “viúvas Porcina”, aquela que foi sem nunca ter sido.

. O vereador Arley Moura (MDB) começou a mostrar a que veio. Somente na semana passada protocolou, na Câmara Municipal, dois Requerimentos. O primeiro solicitando o retorno da administração do Hospital Regional de Princesa para o Estado e, o segundo, solicitando a homologação do Concurso Público realizado ano passado.

. A Secretaria da Mulher de Princesa, na falta de pauta para o “sexo frágil”, realizou um evento em homenagem aos LGBTQIPN+. Na falta de tu, vai tu mesmo.

. Na Paraíba, a briga continua. O grupo liderado pelo governador João Azevedo (PSB) não se entende. É recado pra lá, recado pra cá e, a oposição, em compasso de espera. Na minha opinião, João não sai e, se sair, a merda vira boné.

. Na última quinta-feira (5) foi lançado o livro “Vozes de São José de Princesa”, uma coletânea de entrevistas com pessoas daquele lugar discorrendo sobre a história daquela comunidade. O evento foi um verdadeiro sucesso de público e organização.

. Falar em livro, no próximo dia 20 deste mês de junho, será lançado o livro do poeta cordelista Valbam Lopes: “Essência Poética”. O evento ocorrerá no “Chalé” lá em São José de Princesa.

. Aproveito para vender meu peixe: No dia 18 de julho, às 20 horas, será lançado o meu terceiro livro: “Antologia dos Construtores de Princesa”. O evento acontecerá na Academia Princesense de Letras e Artes, no Palacete dos Pereira. Oportunamente lançaremos o convite neste blog.

. Os abraços de hoje vão para: Angélica Lopes, José Orlando Martins, Corrita de Mirabeau, Paulo Barros, Lúcia de Luquinha, Mendoca, Ceição Arruda, Gustavo Lima, Aloísio Serafim, Sara Ferraz, Nim de Tenório, Cícero de Vanduí, Licor das Trincheiras, João Duarte, Carminha de Aparício, Noca de Bení, Maria de Ada, Ceição de “seu” Tião Basílio, Cosmo Chaves, Dellano e Júlia, Maria de Pecador, doutor João Benedito, Rosana de Edezel, Rilda Medeiros, Damião de Zé de Quincas, Emanuel Iluminata e Terezinha de Albuíno.



sexta-feira, 6 de junho de 2025

"Vozes de São José de Princesa"

Sucesso total o lançamento do livro "Vozes de São José de Princesa". O evento, ocorrido ontem (5), teve a presença maciça do povo da cidade, de várias autoridades e, principalmente, daqueles que foram entrevistados pelos professores: Angélica e Zé Orlando. Estes, tiveram lugar de destaque, numa solenidade por demais organizada. Na ocasião, confraternizamos com o prefeito, Juliana Matuto, vereadores, poetas, intelectuais e demais personalidades. Segundo as declarações dos vários oradores, o livro é uma iniciativa louvável, um verdadeiro presente para São José.



quinta-feira, 5 de junho de 2025

"Vozes de São José de Princesa"

Será hoje, 5 de junho, a partir das 18 horas, o lançamento do livro: “Vozes de São José de Princesa”. O evento ocorrerá nas dependências da Quadra Poliesportiva, na cidade de São José de Princesa. A obra em tela é o resultado da coleta de 24 entrevistas realizadas pelos professores, Angélica Lopes e José Orlando Martins•, com pessoas daquela Terra que trazem suas histórias, o que envolve a História de lugar em suas tradições, expressões culturais, sociais, econômicas, ete.

O livro, organizado pelo romancista e acadêmico princesense, Aldo Lopes de Araújo, nas palavras do prefeito Juliano Matuto: "Revela como o desejo de autonomia de uma cidade se torna um grito coletivo, capaz de estimular uma reflexão sobre o que significa pertencer a uma cidade". É um trabalho interessante que retrata a História de um jovem município, mas que foi palco de grandes acontecimentos na qualidade de comuna das mais antigas do interior do Nordeste. Li de uma sentada.



A última batalha da Guerra de Princesa

 

A última refrega da Guerra de Princesa entre os cabras do coronel Zé Pereira e a Polícia paraibana aconteceu no amanhecer do dia 24 de julho de 1930, faltando dois dias para o assassinato do presidente João Pessoa, fato que determinou o fim daquele conflito conhecido também como a Revolta de Princesa, reputado uma das maiores guerras civis ja acontecidas no interior do Brasil, o que, para muitos historiadores e alguns analistas políticos, foi o estopim da Revolução de 1930.

Exauridos, Zé Pereira e João Pessoa, depois de quase cinco meses de guerra estavam, ambos os lados, faltos de víveres, armas e munições, ânimo e recursos financeiros. O lado da Polícia do "vizinho Estado da Paraíba" (era assim que o Jornal do Territória Livre de Princesa se referia) estava em situação ainda pior porque sem perspectiva de vitória, acabara de sofrer a maior derrota daquele conflito quando um comboio de caminhões com soldados e muita munição (A Coluna da Vitória), saído da capital do Estado, foi emboscado na altura do Distrito de Água Branca e completamente desbaratado com grande prejuízo de homens e material bélico.

Na manhã do dia 23 de julho daquele fatídico ano de 1930, o comandante das forças paraibanas, o Secretário de Segurança Pública, José Américo de Almeida, determinou a partida de um grupo de 20 policiais, disfarçados de almocreves, tangendo uma manada de burros e mulas carregados de armas, algumas munições e, principalmente, víveres (farinha de mandioca, carne seca, açúcar, café, sabão, etc.) com destino ao Distrito de Tavares, onde se achava sitiado pelos homens de Zé Pereira, um contingente da Polícia comandado pelo capitão João Costa. Essa expedição saiu da sede do Estado Maior da Polícia Militar estacionado nas imediações da cidade de Piancó. Esse grupo de praças partiu em busca de seu destino, via serra do Mocambo com entrada prevista pelo lado norte do Distrito de Tavares.

Zé Américo, logo após a saída do grupo de soldados, partiu também em busca da capital do Estado com o intuito de se encontrar com o presidente João Pessoa para confabular com o chefe do governo paraibano sobre uma solução para pôr fim naquele que considerava, inglório conflito. Levava na bagagem a terrível sugestão de uma sucumbência em face da inviabilidade da continuidade daquela guerra. De acordo com o Secretário, nada se podia mais fazer. A tropa desestimulada, deserções aos montes, escassez de armas e munições e, perspectiva alguma de uma vitória. No entanto, ao chegar na cidade de Campina Grande, recebeu a notícia do assassinato do presidente paraibano.

Enquanto isso, em que pese as dificuldades por que também passavam, os homens do coronel Zé Pereira, mesmo sem vislumbrarem uma vitória definitiva sobre a polícia de João Pessoa, não passavam pelas dificuldades que se abatiam sobre seus adversários. Para os contendores de Princesa não faltava comida e, armas e munições, eram suficientes porque novas e de primeira qualidade. Enquanto do outro lado, o que mais preocupava a Zé Américo: o moral dos chamados "Libertadores de Princesa" estava nas alturas, pois, das batalhas empreendidas, em quase todas os homens de Zé Pereira lograram êxito. Somado a isso, a derrocada de Água Branca pôs fim a qualquer esperança de vitória sobre o sediciosos de Princesa.

Com seu serviço de espionagem em pleno funcionamento, o coronel de Princesa recebeu, no dia 14 de julho, uma carta de Piancó (em papel timbrado da Mesa de Rendas, onde trabalhava o princesense, Joaquim Sérgio, cunhado de Nominando Muniz Diniz), dando conta de que uma tropa de animais, comandada por policiais disfarçados de almocreves, estaria se deslocando de Piancó para socorrer, com gêneros alimentícios, armas e munições, aos soldados estacionados e sitiados em Tavares.

Imediatamente, o coronel determinou a formação de um grupo de 30 homens que, transportados em um velho caminhão, liderados por Luiz do Triângulo, Manoel Lopes "Ronco Grosso" e Horácio Virgulino, partiu para proceder uma emboscada com o intuito de impedir a chegada desse socorro aos homens de João Pessoa. Não sabendo a data exata da expedição policial, os cabras de Zé Pereira aguardaram, em uma fazenda próxima de Tavares, por mais de cinco dias, pela chegada daquela remessa, à entrada daquele Distrito, o que o fizeram sob a proteção e o acolhimento de alguns amigos do coronel. Na madrugada do dia 24 de julho, antes de o sol aparecer, os homens do coronel escutaram o tropel dos animais que se aproximavam da entrada do Distrito de Tavares.

Usando a mesma estratégia adotada na emboscada de Água Branca, deixaram que os animais de aproximassem e quando a metade da tropa já havia passado, deflagraram intenso tiroteio que pôs mortos 17 dos 20 policiais que tangiam a manada de burros e mulas. Dos cabras do coronel, caíram mortos quatro dos trinta que participaram da operação: João de Santa, Manoel de Amância, Cícero Lopes e Horácio Virgulino. Além dos homens, foram vitimados também alguns dos animais. Depois do tiroteio, os emboscadores recolheram o que restou e transportaram tudo para Princesa no caminhão que os conduziu para essa operação.

Chegados de volta a Princesa - na noite daquele 24 de julho - os chefes da emboscada prestaram contas ao coronel Zé Pereira e foram descansar. Qual não foi a surpresa quando, à tardinha do dia 26 daquele mês de julho - dois dias depois da vitoriosa operação -, chegou a notícia do assassinato do presidente João Pessoa, o que ocorreu na Confeitaria Glória, no Recife, quando o presidente foi vitimado por três disparos de revólver, à queima roupa, deflagrados pelo advogado João Duarte Dantas. Com a morte de João Pessoa, o coronel determinou o cessar fogo em toda a extensão de seus domínios, restringindo a prontidão em armas apenas na sede do município de Princesa em defesa de si, de seus familiares e amigos. Esse registro histórico, da lavra do historiador princesense, Paulo Mariano, contido de informações do também conterrâneo, Zacharias Sitônio, dá conta do que foi a última batalha da Guerra de Princesa.