Após deliberação, por maioria, a 1ª turma do Supremo Tribunal Federal - STF ajuizou, ontem (11), um veredicto de 27 anos e três meses de prisão para o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro condenado por todos os crimes apontados pela Procuradoria Geral da República. Um pouco mais branda, a sentença foi extensiva aos demais réus: Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Augusto Heleno, Anderson Torres, Mauro Cid, Paulo Sérgio e Braga Neto. Inicialmente, todos deverão cumprir pena em regime fechado.
Nesse julgamento inédito no Brasil quando, pela primeira vez, conspiradores contra o Estado Democrático de Direito foram ao banco dos réus - embora sob forte pressão interna e externa - a democracia brasileira dá sinais de vitalidade e exemplo ao mundo de sua altivez. Para o ex-presidente Jair Bolsonaro, uma punição que conjuga lição de vida para os excessos cometidos ao longo de uma atribulada trajetória antidemocrática, o que não suja sua biografia, mas sim, faz jus à sua folha corrida.
O exemplo desse julgamento traz, em seu bojo, sinais de que tanto a democracia no Brasil está madura como a soberania nacional se faz impor às pressões descabidas pela impunidade e pela exigência de submissão à força da maior potência econômica e bélica do mundo quando, mesmo sob coerção, constrangimentos e imposições várias dos Estados Unidos da América, a Justiça brasileira agiu sob a égide da soberania. Esse inusitado julgamento ficará para os anais da História como um exemplo de altivez democrática em reafirmação da soberania nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário