Numa Sessão que teve início ontem (9) às 09h00, o ministro
Alexandre de Moraes, de forma por demais didática, numa detalhada cronologia,
levou mais de 5 horas para proferir seu relatório e seu voto pela condenação do
ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro e mais sete réus pelos crimes
de tentativa de golpe de Estado; abolição violenta do Estado Democrático de
Direito, dentre outros. Após o voto de Moraes, votou o ministro Flávio Dino que,
com ressalvas, acatou a mesma posição do relator. Portanto, os réus já têm dois
votos pela condenação. O julgamento terá sequência hoje.
Mesmo diante de pressões extremas vindas até da maior potência
econômica e bélica do Planeta, os Estados Unidos da América, o ministro
Alexandre de Moraes não se intimidou. Foi firme e condenou a todos os réus por
todos os crimes que foram denunciados pela Procuradoria Geral da República,
colocando o ex-presidente Bolsonaro como “líder da organização criminosa”. A
repercussão desse julgamento já se faz ver mundo afora. Logo após o voto de
Moraes, a Casa Branca emitiu nota ameaçadora contra o Brasil.
Esse julgamento, pelo visto, terá o condão de estabelecer uma
nova ordem. As ameaças dos EUA contra o Brasil, sob a alegação de defesa da
liberdade de expressão, já mobilizam várias posições no mundo. Aqui no Brasil,
como um divisor de águas, os brasileiros não comprometidos com o radicalismo de
direita que está vigorando nos últimos tempos, já se preocupam com a
integridade nacional e se posicionam contrários à interveniência de poder
estrangeiro nas decisões da Justiça nacional. Já dizia o brigadeiro Eduardo
Gomes: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”.
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